Economia

BM: 73 países e mil empresas apoiam imposto sobre emissões de carbono

Economias poderosas como a China, França, Alemanha, Indonésia e Rússia estão na lista, que não conta com o apoio da maior potência econômica e fundador do BM, os Estados Unidos

Agência France-Presse
postado em 22/09/2014 13:53
Setenta e três países e mil empresas apoiam a criação de um imposto sobre as emissões de carbono, concebido de forma a reduzir a emissão deste gás do efeito estufa, informou nesta segunda-feira o Banco Mundial (BM). "Vemos um aumento real", disse o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim, na véspera de uma cimeira sobre o clima a ser realizada na sede da ONU em Nova York.

"Os governos que representam metade da população mundial e 52 por cento do produto interno bruto mundial expressaram o seu apoio a um preço para o dióxido de carbono como uma necessária, mas não suficiente, solução para a mudança climática e um passo no caminho para reduzir o aumento de dióxido de carbono", explica um comunicado da organização.

Além disso, mais de mil empresas em todo o mundo, incluindo a BP, Pfizer e ArcelorMittal, aderiram à iniciativa. "Este apoio mostra grande empenho e vontade de governos e empresas" para tomar medidas para combater o aquecimento global, disse.

A lista de países inclui economias poderosas como a China, França, Alemanha, Indonésia e Rússia, mas não conta com o apoio da maior potência econômica e fundador do BM, os Estados Unidos.



[SAIBAMAIS]Kim não explicou por que Washington não se comprometeu com esta iniciativa, mas observou que vários estados e cidades estavam na lista e que o presidente Barack Obama era a favor. A iniciativa também envolveu grandes empresas petrolíferas americanas como ExxonMobil, Chevron e ConocoPhillips.

As empresas querem ter certeza de que qualquer taxa seja justa e igualitária em todos os países e jurisdições, ressaltou Kim.

O comunicado não diz qual sistema será usado para definir p preço para a poluição por dióxido de carbono. Sugestões mais precisas deverão surgir após a reunião em Nova York e antes da próxima cúpula sobre o aquecimento global em 2015 em Paris.

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