Rosana Hessel
postado em 23/09/2014 15:08
A Receita Federal voltou a registrar crescimento na arrecadação em agosto. Registrou a entrada de R$ 94,4 bilhões em tributos e impostos, volume 5,54% acima do registrado em 2013, descontada a inflação oficial do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse aumento só foi possível graças ao Refis da Copa, que somou R$ 7,1 bilhões. Descontada essa receita extraordinária, o Fisco teria arrecadado apenas R$ 87,2 bilhões, ou seja, 2,43% a menos, descontada a inflação.A receita com o Refis em agosto, no entanto, foi frustrada. O montante arrecadado ficou abaixo dos R$ 13 bilhões esperados pela Receita para o período. No entanto, o governo ainda mantém a previsão de recolher R$ 18 bilhões com o programa de parcelamento de débitos neste ano.
Bancos recolhem menos
As entidades financeiras, principais contribuintes para o bolo das receitas administradas pelo Fisco, excluindo a previdenciária, pagaram menos imposto de janeiro a agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, passando de R$ 85,8 bilhões para R$ 79,9 bilhões, ou seja, um tombo de 6,86%. A indústria automotiva, que atravessa uma forte desaceleração nas vendas neste ano, também recolheu menos tributos. O volume encolheu de R$ 25,4 bilhões, nos oito meses de 2013, para R$ 21,2 bilhões, neste ano.
No acumulado do ano, entraram nos cofres da União R$ 771,8 bilhões, uma variação real de 0,64% sobre os R$ 722,2 bilhões no mesmo período de 2013.