Economia

Fusão entre associações cria uma das maiores entidades alimentícias do país

Nova associação será composta por 82 associados, responsáveis por empregar 100 mil trabalhadores diretos e por uma representatividade de 80% do consumo nacional de pães, biscoitos e macarrão

Rodolfo Costa
postado em 23/09/2014 17:57
Uma fusão entre a Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializado (Abima) e a Associação Nacional da Indústria de Biscoito (Anib) gerou nesta terça-feira (23/9) uma das maiores associações alimentícias do país. Chamada de Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias & Pão e Bolo Industrializados (Abimapi), a entidade trará redução do custo fixo das antigas corporações, além de mais agilidade nas ações tomadas.

Juntos, os três setores respondem por um faturamento de mais de R$ 20 bilhões e 3 milhões de toneladas de produção por ano. A nova associação será composta por 82 associados, responsáveis por empregar 100 mil trabalhadores diretos e por uma representatividade de 80% do consumo nacional de pães, biscoitos e macarrão. ;Estamos nos consolidando para sermos ainda mais fortes no cenário nacional. Ao todo, vamos deter um terço do volume nacional de farinha de trigo no Brasil;, disse o presidente da Abimapi, Claudio Zanão, que assume a gestão a partir de janeiro de 2015.

A ideia da junção ocorreu devido à similaridade de pautas comuns entre as duas associações, como exportação, logística de resíduos sólidos e atendimento à legislação em geral. A redução da carga tributária por meio da desoneração de Pis/Cofins nos segmentos de pão e biscoito será uma das principais reivindicações da Abimapi para os próximos anos. ;Isso tornaria os produtos mais competitivos e baratos ao consumidor;, explicou Zanão.



O objetivo é inserir esses alimentos entre os itens que compõem a cesta básica, isentos de Pis/Cofins desde 2013. ;Hoje, só o macarrão e o pão francês estão dentro dessa cesta. Mas, sabemos que muitos brasileiros consomem diariamente biscoitos recheados, de água e sal, e pão de forma. Um quilo desse tipo de pão sai mais barato ao bolso do consumidor do que o pão francês tradicional;, afirmou Zanão. A isenção fiscal em pães e biscoitos reduziria 9,25% da carga tributária desses produtos.

Apesar das incertezas em relação aos rumos da política brasileira, Zanão avalia que o próximo governo dará continuidade às propostas do setor. ;Obtivemos bons resultados na economia com a retirada de impostos no macarrão. Acredito ser questão de tempo os outros alimentos serem acrescidos à política de desoneração da cesta básica;, contou.

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