Economia

Aumento da tarifa de energia obriga brasileiros a racionalizar o consumo

Levantamento revelou que país desperdiça uma Itaipu a cada dois anos em eletricidade

Simone Kafruni
postado em 21/12/2014 08:02
Daniela Santos adotou série de medidas para reagir à alta na fatura, como desligar o micro-ondas

Os reajustes de energia elétrica, que começaram a comprometer o orçamento dos brasileiros neste ano, serão ainda maiores em 2015 e podem passar de 30%. Mas, além de preparar o bolso, os consumidores precisam aprender a economizar no uso da eletricidade. A cada dois anos, o Brasil desperdiça o equivalente à produção anual de uma usina do porte de Itaipu. Trata-se de uma fatura de R$ 11 bilhões por ano, recursos que, em vez de serem jogados fora, poderiam estar sendo aplicados na modernização e ampliação do setor.

[SAIBAMAIS]Com a atual escassez de água e a conta de luz nas alturas, o país não deveria se dar a esse luxo. Bastaria recorrer a medidas simples de racionalização do consumo, sobretudo entre as famílias, responsáveis pelo maior desperdício ; quase um terço do total ;, para conter um bem cada vez mais precioso.

Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abresco) mostra o tamanho do prejuízo. Com uma demanda de 2,5 milhões de gigawatts-hora (GWh) entre 2008 e 2013, o país consumiu, desnecessariamente, cerca de 250 mil (GWh) no período, equivalente à produção de 2,6 usinas de Itaipu, um dos maiores empreendimentos do mundo em geração de energia hidrelétrica. O que significa que o país poderia ter economizado, pelo menos, 10% de toda a energia consumida no período.

A adoção das bandeiras tarifárias, novo sistema que vai aumentar a conta de luz mensalmente quando as condições de geração forem desfavoráveis a partir de 1; de janeiro de 2015, vai alertar o consumidor sobre o maior custo da energia e pode provocar uma maior racionalização do consumo de forma espontânea, esperam os especialistas. Com bandeira vermelha, no caso de acionamento de termelétricas que geram a energia mais cara do mercado, a fatura será acrescida em R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. A bandeira amarela acrescenta R$ 1,50 a cada 100 kWh.

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