Economia

Em posse, Miriam Belchior não descarta privatizar a Caixa Econômica

"A Caixa é muito grande, contudo, nada vai ser feito antes de ver a viabilidade", explicou

postado em 23/02/2015 20:26

Cerimônia de posse da nova presidenta da Caixa, Miriam Belchior. Ela substitui Jorge Hereda, que ocupou o cargo por quatro anos
Com uma plateia repleta de integrantes do movimentos sindicais, Miriam Belchior assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal, nesta segunda-feira (23/2). No discurso, a ex-ministra do Planejamento afirmou que não descarta privatizar o banco. "A Caixa é muito grande, contudo, nada vai ser feito antes de ver a viabilidade", explicou. Segundo ela, a Caixa é a 5; marca mais valiosa do país.

Miriam Belchior ressaltou que a instituição financeira consolidou-se como primeiro banco em depósitos de poupança e no crédito imobiliário no país. Segundo ela, a empresa ainda beneficiou-se da política de estímulo ao crédito público depois da crise econômica de 2008. "A atuação da Caixa ajudou a proteger Brasil da crise internacional de 2008, que ainda hoje ameaça empregos. O banco enxergou na crise a oportunidade de ganhar mercado, oferecendo melhores condições para os atuais clientes e ganhando novos clientes. Ao mesmo tempo, manteve a eficiência e antecipou metas projetadas para 2022;, acrescentou.

Ao se despedir do cargo, o ex-presidente da Caixa, Jorge Hereda, citou números para comprovar o crescimento do banco desde março de 2011, quando assumiu o comando da instituição financeira. ;O lucro subiu de R$ 3,8 bilhões, em 2010, para R$ 7,1 bilhões no ano passado. É um bom negócio atender nosso maior acionista, que é o povo brasileiro;, disse.

Segundo Hereda, a Caixa saltou da quarta para a terceira posição entre os maiores bancos brasileiros durante o seu mandato. Os ativos financeiros saltaram de cerca de R$ 400 bilhões no início de sua gestão para R$ 1,1 trilhão no fim do ano passado. O número de clientes, ressaltou, subiu 23 milhões no mesmo período.

Para o ex-presidente do banco, o progresso foi ainda maior no crédito imobiliário. Em 2005, quando Hereda assumiu a Vice-Presidência de Habitação da Caixa, a instituição concedia R$ 5 bilhões de crédito habitacional por ano. Em 2014, o montante saltou para R$ 128 bilhões. ;O que fazíamos em um ano em 2005, agora fazemos em 11 dias;, comparou.

Último a falar, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o banco está em situação saudável e recapitalizado para continuar a realizar o papel de agente de políticas públicas. Ele defendeu a transparência e a boa administração do banco como essencial para prosseguir com os projetos.


Com informações da Agência Brasil.

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