Economia

Inflação destrói consumo das famílias, que registrou ligeira alta de 0,9%

É o pior resultado desde 2003. As famílias gastaram, no ano passado, R$ 3,449 trilhões

Vicente Nunes
postado em 27/03/2015 09:50
O consumo das famílias, que responde por 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do lado da demanda, registrou, em 2014, o pior resultado desde 2003, quando recuou 0,7%. O avanço de 0,9% no ano passado mostrou que os consumidores sofreram muito com a alta da inflação, que, no governo Dilma Rousseff, ficou constantemente acima ou próxima do teto da meta, de 6,5%. As famílias gastaram, no ano passado, R$ 3,449 trilhões.

[SAIBAMAIS]A inflação afeta, sobretudo, a população mais pobre, que não tem como se proteger da disparada dos preços. Quase 80% dos recursos das famílias de baixa renda vão para a compra de produtos básicos, como alimentos. Não à toa, a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou mesmo entre aqueles que recebem o Bolsa Família. Os benefícios já não são suficientes para garantir as compras mínimas do mês. Pelas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação média de 2014 foi de 6,3%. E os brasileiros sofreram ainda com a alta dos juros.



O custo de vida em 2015 deve ficar entre 8% e 9%. Será o pior resultado desde 2003, primeiro ano de mandato de Lula. A carestia está sendo puxada, principalmente, pelas tarifas de energia e pelos combustíveis. Nos últimos quatro anos, a presidente Dilma segurou esses preços artificialmente, para que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não estourasse o teto da meta. Mas essa política de mostrou desastrosa. Na média, as contas de luz ficarão 50% mais caras neste ano.

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