Economia

Agência de risco rebaixa perspectiva do Brasil de estável para negativa

Enquanto o governo iniciou um processo de ajustamento macroeconômico para aumentar a credibilidade da política e confiança, os riscos descendentes relacionados com a sua aplicação efetiva e durabilidade persistem

postado em 09/04/2015 13:00
A agência de classificação de risco Fitch reduziu a perspectiva do Brasil de estável para negativa. A nota continua BBB mas, segundo especialistas, isso é um primeiro passo para um possível rebaixamento.

Em nota a Fitch destacou os seguintes fatores para a revisão: "continuado mau desempenho econômico do Brasil, o aumento dos desequilíbrios macroeconómicos, a deterioração das contas fiscais e um aumento significativo do endividamento do governo estão aumentando a pressão para baixo sobre o perfil de crédito soberano.

Enquanto o governo iniciou um processo de ajustamento macroeconômico para aumentar a credibilidade da política e confiança, os riscos descendentes relacionados com a sua aplicação efetiva e durabilidade persistem, especialmente no contexto de um ambiente político e econômico desafiador. Choques internos e externos adicionais poderiam minar o ritmo e o alcance do processo de ajustamento. A economia brasileira cresceu apenas 0,1% em 2014 e prevê-se uma contração de 1%, em média, um crescimento de três anos 2015. do Brasil de apenas 1,5%, em comparação com mediana de 3,2% do ;BBB;, destaca a natureza estrutural da sub-performance.

O processo de ajustamento macroeconómico em curso, se efetivamente implementada, poderia levar a uma retomada da conconfiança e do crescimento em 2016 e além, mas o crescimento provavelmente permanecerá abaixo da de seus pares de rating. Perspectivas de crescimento a médio prazo dependeria em grande medida a capacidade do governo para reverter a redução de marcha em confiança e melhorar a competitividade da economia, fazendo progressos nas reformas microeconômicas.

Inflação elevada e o destaque "déficits gêmeos" desequilíbrios macroeconômicos do Brasil. IPCA está pairando em mais de 8%, e vai continuar a enfrentar a pressão durante 2015 devido à desvalorização do real e os aumentos dos preços administrados. A inflação deverá moderar em 2016 devido a um efeito de base favorável, uma recuperação morna, e uma política monetária mais apertada, mas provavelmente permanecerá acima da mediana de pares.

O déficit em conta corrente atingiu 3,9% do PIB em 2014 e está previsto para declinar apenas gradualmente. Embora os fluxos de investimento directo estrangeiro têm-se mantido resiliente, até agora, os riscos descendentes estão presentes. O aumento da dívida externa também está enfraquecendo forte equilíbrio externo folha do Brasil.

Contas fiscais do Brasil se deterioraram acentuadamente em relação ao ano passado, com o défice orçamental das administrações públicas atingir 6,5% do PIB em 2014, e registrando o país seu primeiro déficit primário em vários anos. Fardo da dívida pública aumentou para 58,9% do PIB em 2014, em comparação com a média de 52,8% durante o período 2010-2013. O peso da dívida é cada vez mais divergente mediana de 40% do PIB do ;BBB;.

Fitch prevê que os défices do sector público administrativo, permaneça elevada 2015-2016 (em média 5% do PIB), devido a dificuldades em alcançar as metas de superávit primário e aumento da carga de juros-service. Além disso, a recessão económica em 2015 e uma recuperação moderada no próximo ano vai continuar a colocar pressão ascendente sobre a trajetória da dívida do governo geral, mesmo sob a suposição de que que o Tesouro brasileiro não conceder empréstimos adicionais para o BNDES (Banco de Desenvolvimento do Brasil). Economic sub-desempenho, dificuldade na implementação de medidas fiscais em tempo hábil, e materialização de passivos contingentes representam riscos descendentes para a dinâmica da dívida do governo".

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