Economia

Indicadores da indústria caem no primeiro trimestre, mostra pesquisa

Maiores quedas foram das horas trabalhadas e do faturamento real, com recuo respectivo de 8,5% e 6%

postado em 05/05/2015 11:58
A atividade industrial o Brasil segue em queda. Segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira (5/5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a retração se intensificou no primeiro trimestre de 2015: frente ao último trimestre de 2014, as horas trabalhadas reduziram 1,1% o emprego recuou 0,4% -- em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi maior: 8,5% nas horas trabalhadas e 3,9% no emprego. O faturamento real também caiu 3,6% em comparação ao último trimestre de 2014.

Para Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI, o movimento é justificado por diversos fatores. "As medidas de ajuste, em um primeiro momento, têm maior impacto no que diz respeiro a custos das empresas, no caso de tributos e correção de alguns preços, juros e custo de financiamento reduzindo a demanda das famílias e das empresas de consumo e investimento. Portanto, há todo um ambiente desfavorável", esclareceu Castelo Branco. "O mercado de trabalho mostra sentir os efeitos agora com bem mais intensidade. A tendência de retração do emprego que vinha no ano passado se intensifica nesses primeiros meses do ano, especialmente em março, e se reflete no rendimento".



Além dos níveis de emprego, a massa salarial também apresentou queda: a redução foi de 1,4% em março e de 4,1% no trimestre, mais um fator a afetar negativamente o consumo do brasileiro. "Se a renda dos trabalhadores da indústria tende a diminuir ou a crescer em menor intensidade, isso também deve impactar no consumo das famílias, deve ser um limitador", explicou Fábio Guerra, economista da CNI.

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