Economia

Ritmo de expansão do crédito diminui, diz Banco Central

Pesquisa do indica o segundo trimestre do ano %u201Cmais restritivo para novas concessões [de crédito] tanto do lado da oferta quanto da demanda%u201D.

postado em 27/05/2015 13:00
O ritmo de crescimento do crédito no país diminuiu. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27/5), o saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,061 trilhões, em abril, com crescimento de 0,1% no mês e 10,5% em 12 meses.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que até março, o crescimento em 12 meses apresentava uma expansão maior, 11,2%. E o crescimento do crédito em abril do ano passado (0,7%) era maior do que no mesmo mês deste ano (0,1%).

No ano, a expansão ficou em 1,4%. No total, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro correspondeu a 54,5% de tudo o que o país produz ; Produto Interno Bruto (PIB), queda de 0,3 ponto percentual em relação a março.

Segundo Maciel, o menor ritmo de crescimento está ;em linha; com o ciclo de aumento da taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa, que serve de referência para os juros na economia, chegou a 13,25% ao ano, no final do mês passado, após a quinta alta seguida. Quando os juros estão mais caros, a procura por crédito diminui.

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Maciel também destacou que os bancos estão ofertando menos crédito. Ele lembrou que pesquisa do BC indicava o segundo trimestre do ano ;mais restritivo para novas concessões [de crédito] tanto do lado da oferta quanto da demanda;.

O saldo das operações de crédito também foi influenciado pelo efeito da variação do dólar. Isso porque há operações de crédito, como financiamento a exportações e importações e operações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ligados ao dólar. Quando há queda do dólar, há uma redução do saldo dessas operações de crédito em reais. Se não fosse esse efeito do câmbio, segundo Maciel, o crédito teria crescido entre 0,3% a 0,4% em abril.

No mês passado, o saldo das operações do crédito com recursos livres (os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) ficou estável para as famílias, em R$ 785,7 bilhões. No caso das empresas, houve queda de 0,3% (R$ 789,3 bilhões).

O saldo do crédito com recursos direcionados totalizou R$ 825 bilhões para as empresas, com queda de 0,6%, no mês. Para as pessoas físicas, houve alta de 1,4% (R$ 661 bilhões).

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