Economia

Governo faz revisão na meta para novas concessões aeroportuárias

Próximas concessões devem resultar em, no mínimo, R$ 8,5 bilhões em investimentos

postado em 07/07/2015 14:13
O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, disse hoje (7/7) que os leilões para as próximas concessões aeroportuárias deverão ser feitos no primeiro semestre de 2016, e não no primeiro trimestre, conforme planejado pelo governo.

Em relação ao projeto que pretende beneficiar 270 aeroportos regionais, Padilha disse que, por se tratar de um projeto estratégico, o assunto tem sido abordado de forma ;leve; pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Segundo Padilha, as próximas concessões aeroportuárias deverão resultar em pelo menos R$ 8,5 bilhões em investimentos nos aeroportos de Porto Alegre (R$2,5 bilhões), Florianópolis (R$ 1,1 bilhão), Salvador (R$ 3 bilhões) e Fortaleza (R$ 1,8 bilhão). No entanto, ressaltou o ministro, é grande a possibilidade de haver atraso no processo licitatório desses empreendimento. ;Em reunião que fizemos recentemente, nossa previsão é que esses leilões sejam feitos no primeiro trimestre de 2016. Essa é a nossa meta, mas eu arriscaria dizer que isso só acontecerá no primeiro semestre do ano que vem, devido a alguma defasagem no processo;, disse Padilha durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

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Na audiência, Padilha atualizou a situação dos 270 aeroportos que deverão receber incentivos do governo federal a fim de estimular a aviação regional no interior do país. ;Dos 270 aeroportos regionais, 257 já tiveram entregues seus estudos de viabilidade técnica; 179 tiveram os estudos preliminares concluídos; 74 estão com os anteprojetos já autorizados; e 64 estão com os licenciamentos ambientais para o início da obra em andamento;. De acordo com o ministro, como esses aeroportos são estratégicos para o país, eles correm menos risco de serem prejudicados pelo ajuste fiscal que está sendo implementado pelo governo federal.

Padilha disse que os recursos destinados aos aeroportos regionais terão como origem o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), ou seja, trata-se de receita própria (não depende do Orçamento da União). ;Minha conversa com o Levy é mais leve [do que a que o ministro da Fazenda tem tido com ministros de outras pastas];, disse Padilha ao classificar os subsídios planejados para esses empreendimentos como ;solução para o transporte, na visão do governo;.

O governo pretende conceder benefícios fiscais para tarifas aeroportuárias e passagens aéreas de voos regionais que usem a estrutura de aeroportos com até 600 mil passageiros por ano. No caso dos aeroportos situados na Amazônia Legal, os benefícios serão concedidos a aeroportos com movimentação de até 800 mil passageiros.;Esses benefícios estão condicionados ao [número de] assentos ocupados, ficando limitados a 50% da aeronave e a até 60 assentos, excetuando os da Amazônia Legal [onde o benefício deverá ser ainda maior].

E acrescentou: ;Com isso vamos reduzir a diferença de preço entre as passagens aéreas e rodoviárias e estimular novas rotas regionais;. Padilha disse que caberá ao governo federal fazer os aeroportos, e a estados e municípios mantê-los.

Entre os primeiros aeroportos regionais a serem beneficiados está o de Caldas Novas (GO), que, segundo o ministro, tem despertado bastante o interesse empresarial. Ele citou que, em São Paulo, deverão ser beneficiados os localizados em Bragança Paulista, Ubatuba, Itanhaém, Araras, Campinas (Amarais) e Jundiaí.

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