Economia

Bradesco registra terceiro maior lucro da história dos bancos

O lucro líquido do Bradesco somou R$ 8,717 bilhões no primeiro semestre , valor 20% acima dos R$ 7,221 bilhões verificados no mesmo período de 2014

Rosana Hessel
postado em 30/07/2015 13:52
O banco Bradesco registrou lucro líquido de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre de 2015, valor 18,4% ao registrado no mesmo período de 2014. De acordo com levantamento feito pela Economática, instituição registrou o melhor resultado trimestral da história. Esse resultado, considerando todos os bancos de capital aberto, é o terceiro maior da história, atrás apenas dos resultados do Banco do Brasil, em 2013, de R$ 7,472 bilhões e do Itaú Unibanco, em 2014, de R$ 4,899 bilhões.

[SAIBAMAIS]O lucro líquido do Bradesco somou R$ 8,717 bilhões no primeiro semestre , valor 20% acima dos R$ 7,221 bilhões verificados no mesmo período de 2014. O presidente do Bradesco, Carlos Trabuco, comemorou o resultado e afirmou que ele ocorreu porque o banco vem fazendo ;a lição de casa; em um cenário econômico ;desafiador;. ;Redobramos a preocupação no controle de custos, mobilizando todas as áreas em busca de soluções eficientes para reduzir as despesas e estamos tendo bons resultados;, disse ele destacando que o banco conseguiu que os custos com as despesas crescessem 6,1%, abaixo da inflação.

A rentabilidade do banco para o acionista registrou um salto de 24% no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, passado de R$ 2,69 para R$ 3,35. ;A rentabilidade apresentada fortalece o alicerce da organização. Trabalhamos com disciplina e mantemos os nossos indicadores de solidez financeira de rentabilidade estáveis e com previsibilidade;, destacou.

Na avaliação de Trabuco, a falta de crescimento da economia brasileira deverá retrair a demanda por financiamento, principalmente, pelo setor produtivo. ;Este ano é marcante por conta de uma demanda muito fraca por crédito. Quando o PIB não contribui, você aumenta a capacidade ociosa das plataformas de produção e, quando isso acontece, não há demanda por capital de giro. E isso não temos nada a comemorar. Quando chegar ao final do ano, o PIB é uma variável que não vai ser comemorada e a consequência é a demanda de crédito;, destacou ele citando que a projeção do Bradesco é de queda de 2,1% neste ano.



Trabuco, no entanto, descartou que exista uma bolha de crédito que ela possa estourar e que a carteira de crédito do banco está muito solida e o perfil está melhorando e tem ajudado a manter uma crescimento. ;O baixo crescimento do crédito ocorre porque existe um problema de demanda e não de oferta. Vivemos um momento de transição aguardando a demanda e a retomada da confiança para que os empréstimos voltem a crescer;, disse.
A carteira de crédito do Bradesco somou R$ 463,4 bilhões em junho. No segundo trimestre, o credito para pessoa física apresentou alta de 1,0% e para as grandes empresas, de 0,9%, enquanto para as micros, pequenas e médias empresas registraram recuo de 2,7%.

A inadimplência das carteiras do banco subiu e isso, fez com que, no segundo trimestre, a provisão para devedores duvidosos aumentasse 13% em relação ao mesmo período de 2014. No caso de atrasos superiores a 90 dias para pessoa física, o a taxa de calote passou de 4,83% para 4,96%. O diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, disse que espera que, nos próximos meses, não seja necessário um crescimento tão grande. ;Acreditamos que os níveis devem se manter estáveis;, disse.

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