Economia

Vítimas da recessão: população sente na pele os efeitos da crise

O detalhamento do tombo do Produto Interno Bruto (PIB) mostra que o país está condenado a crescer pouco, afirmam especialistas

Rosana Hessel
postado em 30/08/2015 08:10
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A economia brasileira está condenada a crescer pouco. O Produto Interno Bruto (PIB) anda para trás e será difícil para o país se recuperar diante do enfraquecimento político da presidente Dilma Rousseff. A crise de governabilidade é tão forte que está botando uma pá de cal em qualquer chance de avanço da economia durante este segundo mandato dela, na avaliação de especialistas.

Depois de o Brasil registrar crescimento nulo em 2014, especialistas preveem que o PIB vai despencar neste ano e no próximo. O biênio negativo é algo que não ocorria desde o início da década de 1930, período conhecido, nos Estados Unidos, como ;A Grande Depressão;, que provocou queda no consumo de todo o planeta. As apostas são de que, mesmo que haja uma virada a partir de 2017, o crescimento poderá ser pífio por vários anos. ;É possível que não tenhamos crescimento sustentável por quase uma década. Está ruim, mas pode ficar pior;, avisa o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. As famílias brasileiras já estão sentindo as dificuldades no seu cotidiano e têm noção da falta de perspectivas (leia texto ao lado).

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, não tem dúvidas de que a economia brasileira vai demorar para voltar a deslanchar. Ele acaba de alterar as previsões de queda do PIB de 2,1% para 2,5%, neste ano, e de 0,6% para 1%, em 2016. Com Dilma no poder, diz, dificilmente haverá uma recuperação em 2015. ;É necessário o surgimento de uma liderança que consiga unificar o país em torno de um projeto. Não temos isso hoje e não sei se teremos nos próximos anos;, destaca.

Ele vê a deterioração do quadro como algo inevitável. ;A economia precisará piorar mais para que se chegue a um consenso sobre as reformas mínimas necessárias. Não bastará aumentar infraestrutura. Questões cruciais, como tamanho do Estado e da educação, terão que ser enfrentadas;, explica Vale, que prevê taxa média anual de crescimento em oito anos de governo Dilma de 0,9%, uma das piores da história, menor até que a dos governos Collor/Itamar, de 1,2%.

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