Economia

Bolsas europeias têm baixa, com China e ações de mineração e de montadoras

Em meio ao contínuo temor de que a desaceleração do crescimento da China afete a economia global, os investidores se afastaram de ativos de maior risco em todo o planeta

postado em 28/09/2015 14:28
As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira (28/9) em forte queda, pressionadas por novos temores com a economia da China e pelo mau desempenho das ações dos setores de mineração e montadoras. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou em baixa de 2,21%, aos 341,57 pontos.

A China informou na madrugada desta segunda-feira que o lucro das maiores empresas do setor industrial do país recuou 8,8% em agosto ante igual mês do ano passado, a maior queda desde o início da divulgação desse indicador, em 2011.

Em meio ao contínuo temor de que a desaceleração do crescimento da China afete a economia global, os investidores se afastaram de ativos de maior risco em todo o planeta. As ações de mineradoras foram particularmente afetadas, uma vez que essas empresas têm a China como um de seus principais mercados.

Em Londres, os papéis da Glencore despencaram 29,42%, pressionados pela dificuldade da empresa de convencer os investidores de que será capaz de atingir suas metas de endividamento líquido. Hoje, a mineradora anunciou a venda de um projeto de níquel no Brasil para a Horizonte Minerals, por US$ 8 milhões.

Na esteira desse recuo, as ações de outras mineradoras negociadas na bolsa britânica também tiveram fortes perdas. Os papéis da BHP Billiton cederam 6,03%, os da Rio Tinto caíram 4,78% e os da Anglo American caíram 10,09%. O índice de referência FTSE-100 fechou na mínima, aos 5.958,86 pontos (-2,46%).



Em Paris, as ações de empresas expostas à China também sofreram forte baixa. Os papéis da siderúrgica ArcelorMittal caíram 8,26% e os da varejista Carrefour perderam 3,43%. O índice CAC-40 recuou 2,76%, para 4.357,05 pontos.

O escândalo de manipulação de testes de emissões pela Volkswagen continuaram afetando os papéis de fabricantes de veículos europeias. As ações da empresa alemã caíram 7,46%, pressionando também a montadora ítalo-americana Fiat Chrysler (-4,95%) e a francesa Peugeot (-5,23%).

A bolsa de Frankfurt recuou 2,12%, para 9.483,55 pontos, e a de Milão perdeu 2,72%, encerrando na mínima de 20.759,49 pontos.

Na Espanha, a vitória dos partidos independentistas na eleição na Catalunha impôs certa cautela entre os investidores, embora analistas avaliem que a separação da região ainda é um cenário pouco provável. A bolsa de Madri fechou em queda de 1,32%, aos 9 346,20 pontos. Os papéis do Banco Bilbao Vizcaya Argentina caíram 1,99%. Já os do Sabadell subiram 1,37%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 terminou em baixa de 1,84%, aos 4 966,20 pontos. As ações do BCP foram a maior queda da bolsa portuguesa, com recuo de 5,66%, para o preço mais baixo dos últimos dois anos.

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