Economia

Acordo Mercosul-UE fica mais próximo após eleição argentina, diz ministro

Para Armando Monteiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Maurício Macri trará "postura pró-comércio" ao país

Agência Estado
postado em 26/11/2015 15:50

[SAIBAMAIS]Após 15 anos de espera, um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia pode estar mais próximo após a eleição na Argentina. A avaliação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, feita nesta quinta-feira (26/11). Segundo ele, a troca de ofertas entre os dois blocos terá uma etapa "decisiva" após a reunião de ministros de finanças da Europa na sexta-feira (27/11). O ministro afirmou também que a eleição de Maurício Macri dará à Argentina uma "postura pró-comércio e liberalizante".

"Gostaria de expressar a confiança de que vamos finalmente iniciar troca de ofertas com União Europeia depois de 15 anos. Amanhã os ministros de finanças se reúnem e esse é um elemento que pode nos ajudar", afirmou Monteiro durante evento do Instituto Aço Brasil.

Monteiro afirmou ainda que o acordo com a União Europeia permitirá ao país "fortalecer o eixo de integração" mas não tira a relevância do Mercosul e a necessidade de aperfeiçoamento do bloco. O que pode ajudar a troca de ofertas é a emergência do acordo Transpacífico e a eleição da Argentina, que oferece perspectiva de postura pró-comércio e mais liberalizante. Estamos desafiados a levar essa política de reposicionamento adiante. E promover aperfeiçoamentos no próprio acordo do Mercosul", completou.

Segundo Monteiro, a integração regional no Mercosul é "estratégica". "Ninguém revoga a geografia. A integração com países do cone sul é estratégica e fundamental para o país. Nem de longe podemos pensar que ele perca relevância. As primeiras declarações do presidente da Argentina reforçam que a parceria com Brasil é estratégica", ponderou.

O ministro ainda afirmou que o "comércio exterior nunca foi prioridade no país", mas que o incentivo às exportações é uma medida "óbvia" para melhorar a economia durante a "janela de oportunidade criada com o câmbio favorável". Ele destacou acordos comerciais já firmados com o México e uma maior aproximação com o Peru e a Colômbia, em acordos para exportação de automóveis.

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