Economia

Mais de 70 entidades apelam à Dilma que desvincule a economia da política

postado em 15/12/2015 20:30
Em um último esforço desesperado para retirar a economia da paralisia -que ameaça indústrias e empregos -, mais de 70 entidades de classe com ideologias e interesses diferentes se uniram e entregaram ontem à presidente Dilma Roussef um conjunto de propostas feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). Basicamente o documento propõe sete pontos, entre os quais que se agilize a aprovação do acordo de leniência na Operação Lava-Jato, onde ;se desvincula o CPF do acusado, do CNPJ da empresa;, além de um prazo de carência de pelo menos um ano para as indústrias que pegaram dinheiro emprestado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

;Em 2010, empresários apostaram no Brasil e contraíram dividas, compraram máquinas financidas pelo BNDES. Este ano fomos asfixiados e está difícil honrar esses compromissos. Queremos a interrupção desses pagamentos por um ano, só para passar esse momento difícil e não fechar empresas e empregos;, pediu Cesar Prata, diretor da Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Já o ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rosseto, afirma que a exemplo de todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde a desvinculação do CPF e CNPJ é uma realidade, a presidente concorda com a ;urgência; da definição do acordo de leniência que já foi aprovado no Senado. ;A presidenta está fazendo todo um esforço de agilizar a aprovação deste projeto que está paralisado na Câmara;, disse.;Mas ela defende que os culpados sejam punidos, mas as empresas sejam liberadas para tocar os projetos;, afirmou.

Já o presidente da Anfavea, Luiz Moan, crê que a aprovação do projeto de leniência vai dissociar a política da economia. "Queremos que o governo não se sinta acuado. As questões poliíticas estão corroendo a economia", apelou.

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