Economia

Com desemprego em alta, adesão a plano de saúde despenca entre brasileiros

Em julho, 157 mil pessoas perderam a cobertura. Patamar é o menor desde 2013. Lei garante continuidade do atendimento só para quem arcar com mensalidades

postado em 17/08/2016 06:10
Usuários se queixam de que o reajustes chegam a 100%, e, mesmo pagando mais, o serviço fica pior

A crise econômica afeta muito mais do que o consumo de bens supérfluos. Muita gente tem até mesmo deixado de recorrer à assistência médica privada, o que, no Brasil, está longe de ser um luxo. Levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que o número de beneficiários de seguros e planos vem caindo desde o início da recessão, a pior que o país já atravessou. Em julho de 2016, havia 157 mil pessoas cobertas a menos em comparação com o mês anterior. É o menor patamar desde 2013. De acordo com o dado mais recente, o acumulado em 12 meses está em 31,2 milhões de pessoas.

De 2006 a 2014, o número de pessoas com planos de saúde subiu 35,3%. Passou de 37,2 milhões para 50,3 milhões. Mas, nos dois últimos anos, o número de beneficiários despencou. A advogada Melissa Areal Pires explicou que a queda está atrelada diretamente ao desemprego, que afeta os planos coletivos, com maior número de beneficiários. ;A demissão em massa de funcionários leva à perda do benefício. A lei garante a manutenção do plano após o desligamento só se a pessoa decidir pagar diretamente a operadora. E muitos não conseguem arcar com as mensalidades;, explicou.

A ANS não interfere nos reajustes realizados aos planos coletivos, decisão que cabe exclusivamente às operadoras. Tatiana Kato, advogada e especialista em direito à saúde, disse que toda semana recebe reclamações de reajustes que os clientes consideram abusivos. Em média, são 50 processos por mês. ;Há casos em que a alta do preço chega a 100%;, destacou.

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