Os efeitos da recessão estão atingindo níveis alarmantes no mercado de trabalho. No trimestre encerrado em outubro, 12 milhões de pessoas estavam à procura de emprego, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora o número tenha apresentado estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior, a população ocupada caiu 0,7% no período, para 89,9 milhões de pessoas. Na avaliação de analistas, a queda mostra que o desalento ; situação em que desocupados desistem de procurar emprego ; está aumentando.
Tal cenário explica, também, por que a taxa de desemprego se mantém em 11,8% há três trimestres móveis consecutivos. Como a desocupação é um movimento de pressão de pessoas à procura de emprego, a estagnação do número de desempregados é um indicativo de que as pessoas estão perdendo a esperança em voltar ao mercado de trabalho e deixando de procurar por uma vaga, destaca o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
;Estamos nos aproximando do último trimestre do ano e não há sinais de recuperação. Pelo contrário. Há uma redução da população ocupada com carteira assinada e um aumento da população fora da força de trabalho. Esse crescimento pode estar relacionado ao desalento. Significa que as pessoas perderam o emprego e nem procurar trabalho foram;, avaliou. No trimestre encerrado em outubro, a população na força de trabalho, ou seja, a soma entre ocupados e desocupados, caiu 0,4% em relação ao trimestre anterior. Já a população fora da força de trabalho ; que inclui os inativos e mais aqueles que podem trabalhar mas não estão procurando emprego ; cresceu 1% na mesma base de comparação.
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