Economia

Plano de aposentadoria antecipada do BB atrai 7.760 funcionários

Programa que incentiva funcionários a passarem para a inatividade deve chegar a 10 mil adesões, segundo presidente da instituição. Reestruturação do banco, que inclui fechamento de agências, visa enxugar custos e aumentar a rentabilidade

postado em 03/12/2016 07:00
Segundo Paulo Caffarelli, o fortalecimento do capital não será feito com recursos do governo federal

O programa de incentivo à aposentadoria lançado pelo Banco do Brasil há duas semanas recebeu, até a noite da última quinta-feira, 7.760 adesões, segundo o presidente da estatal, Paulo Rogério Caffarelli. A expectativa do banco é de que o programa, que termina em 9 de dezembro, alcance de 9 mil a 10 mil adesões. O BB propôs pagar 12 salários a quem entrar no plano, podendo chegar a 15 salários, dependendo do tempo de casa.

O plano faz parte do programa de reestruturação administrativa do banco para reduzir custos e melhorar a eficiência operacional. As medidas também incluem o fechamento de agências a eliminação de 31 superintendências regionais. Em reunião com analistas e investidores, ontem, em São Paulo, Caffarelli disse que a diretoria do BB não cogita fazer outro programa de aposentadoria além do atual. Também não está no radar da instituição um programa de demissão voluntária.

[SAIBAMAIS]O objetivo da reorganização administrativa é elevar a rentabilidade do banco para patamares próximos ao dos concorrentes privados, disse Caffarelli. Segundo ele, o BB tem plenas condições de aumentar o retorno sobre o patrimônio líquido, atualmente na casa dos 9%. Apenas o enxugamento da folha de salários e da estrutura física da instituição poderá gerar uma economia anual de R$ 3 bilhões, disse o executivo.

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Caffarelli destacou que a gestão do banco segue padrões profissionais, observando que as duas últimas nomeações para a vice-presidência foram eminentemente técnicas. Recentemente, entraram para a alta cúpula da instituição Carlos Hamilton, ex-Fazenda e ex-BC, e Tarcísio Hübner, que era diretor de Distribuição do banco. ;A lei das estatais é bastante criteriosa. O BB vem trabalhando com a manutenção de um quadro de pessoas ligadas à atividade financeira e conhecedoras dos ramos em que vão atuar;, frisou.

Sem aportes

O presidente do BB voltou a afirmar que a instituição não conta com aportes do governo federal para melhorar a eficiência operacional e que não venderá ativos relacionados à atividade principal do banco, como as áreas de cartões e de administração de ativos de terceiros, para alcançar as regras de Basileia III, que exige reforço de capital. ;Não vamos fazer lançamento primário de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de cartões nem de administração de recursos de terceiros. O volume que vendemos da BB Seguridade hoje nos faz falta;, destacou.

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