Rodolfo Costa
postado em 19/01/2017 09:32
A inflação mantém o processo de convergência para o centro da meta, de 4,5%. Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ; considerado como a prévia oficial da carestia ; subiu 0,31%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Embora o resultado seja pouco acima do registrado em dezembro, de 0,19%, a variação é bem inferior ao observado no mesmo período de 2016, quando avançou 0,92%. Com esse desempenho, o custo de vida médio em 12 meses no país ficou em 5,94%.
O crescimento médio dos preços para janeiro só não teve um resultado melhor devido à pressão exercida por alimentos e bebidas. O consumo com essa classe de despesas subiu, em média, 0,28%. Em dezembro, esses custos haviam registrado queda de 0,18%. Alguns produtos contribuíram para essa alta de preços. Foram os casos do óleo de soja (8,04%), da farinha de mandioca (4,53%), dos ovos (3,10%) e das frutas (2,38%).
Individualmente, no entanto, o item que mais pressionou o custo de vida foi a gasolina. O combustível foi responsável por um impacto de 0,10 ponto percentual sobre o resultado do IPCA-15. O preço do litro subiu, em média, 2,43%. O movimento é reflexo do reajuste de 8,1% autorizado pela Petrobras nas refinarias, em 6 de dezembro. Entre as capitais pesquisadas, as maiores altas foram registradas em Goiânia (4,60%), Brasília (4,32%) e em Fortaleza (4,22%).
Com o litro da gasolina impactando a carestia, os gastos com transportes subiram, em média, 0,71%. Outros custos que pressionaram a inflação foram os com despesas pessoais, que avançaram 0,76%. Esse desempenho foi provocado pelo aumento de despesas com cigarros (2,61%), de excursão (2,51%), e com empregado doméstico (0,52%).