Economia

União passará a comprar energia do mercado livre

Expectativa do ministro de Planejamento, Dyogo Oliveira, com queda de 20% nos gastos

Rosana Hessel
postado em 08/02/2017 16:30
O governo pretende mudar a forma de comprar energia elétrica e passará a contratar pelo mercado livre e, com isso, deixará de ser um consumidor comum com o objetivo de economizar gastos. ;O governo federal adquire hoje como um consumidor individual. E temos uma conta da distribuidora local. Entretanto, pelo porte e pelo volume, o governo passará a comprar pelo mercado livre, é o que grandes consumidores fazem;, disse o ministro-interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. ;Nossa expectativa é que isso represente uma redução de 20% nas despesas em relação ao que se tinha anteriormente;, emendou. O procesos de mudança começará a partir do segundo semestre e a economia deverá ser de R$ 400 milhões por ano a partir de 2018.
De acordo com o Oliveira, o governo registrou queda real (descontada a inflação) de 2,6% nas despesas de custeio administrativo em 2016. Os gastos com essa rubrica que inclui, por exemplo, serviços de apoio, material de consumo, diárias e passagens e energia elétrica, somaram R$ 34,9 bilhões de janeiro a dezembro do ano passado, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (8/02) pela pasta. ;Os itens que mais contribuíram para essa redução foram as despesas com passagem, que caíram mais de 20%, e com material de consumo, que diminuíram 7,2% e a locação de imóveis e as despesas com apoio com quedas reais de 6,3%;, destacou o ministro.

Os dispêndios com passagens foram um dos que mais caíram no ano passado. Somaram R$ 560,1 milhões, um recuo de 20,5%, em termos reais. Já os reembolsos de diárias foram na contramão. Subiram 17,2%, para R$ 652,5 milhões Esse aumento ocorreu, segundo Oliveira, devido à realização de grandes eventos executados pela Força Nacional, como as Olimpíadas no Rio, que demanda o pagamento de diárias. Outro gasto que também cresceu foi o com energia elétrica e água, que aumentou 6,3%, para R$ 2,6 bilhões, como reflexo dos reajustes tarifários.

De acordo com a pasta, se forem descontadas as despesas com energia elétrica e com serviços bancários, a queda real teria sido de 4,9% para R$ 30,9 bilhões. Oliveira informou ainda que, em breve, será publicada uma tabela com a limitação das despesas de custeio de cada item. Segundo ele, o governo continuará na busca de redução de gastos, revendo uma série de contratos ao longo do ano. ;Despesa é como grama, você corta e ela cresce de novo;, afirmou.

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