Economia

IBGE: cai a incidência de carteira assinada entre empregados domésticos

Um ano antes, no quarto trimestre de 2015, o total de empregados domésticos com carteira assinada era de 33,3%

Agência Estado
postado em 23/02/2017 12:38
A proporção de empregados domésticos trabalhando sem carteira assinada saiu de 66,7% no quarto trimestre de 2015 para 68,1% no quarto trimestre de 2017A proporção de empregados domésticos com carteira assinada caiu para 31,9% no quarto trimestre de 2016, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um ano antes, no quarto trimestre de 2015, o total de empregados domésticos com carteira assinada era de 33,3%.

"A crise também afetou a patroa. Você está com rendimento mais baixo e se tiver empregado doméstico cinco vezes na semana vai ter que pagar todos os direitos, vai ter um custo maior. Então você entra em acordo, vai ter a empregada doméstica só duas vezes na semana, porque aí não cria vínculo. Então ela trabalha como diarista", explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

A proporção de empregados domésticos trabalhando sem carteira assinada saiu de 66,7% no quarto trimestre de 2015 para 68,1% no quarto trimestre de 2017.

No setor privado também houve recuo na carteira assinada: 76,4% dos trabalhadores eram formais no quarto trimestre de 2016, ante uma fatia de 77,9% no quarto trimestre de 2015. No mesmo período, a fatia de informais no setor privado cresceu de 22,1% para 23,6%.
Recorde de Desemprego
A taxa de desemprego atingiu patamar recorde em 15 unidades da federação no quarto trimestre de 2016.

"O último trimestre do ano deveria ser de recuo na taxa de desocupação. O mercado de trabalho está mais favorável? Não. Se estivesse, não teria recorde em 15 unidades da federação", ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal tiveram as taxas mais elevadas da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de 2012.

Em São Paulo, o recorde tinha sido alcançado no terceiro trimestre de 2016, com taxa de desemprego de 12,8%, mas arrefeceu para 12,4% ao fim do ano passado.

Se consideradas as pessoas desempregadas, subocupadas ou inativas com potencial para trabalhar, faltou trabalho para 4,591 milhões de pessoas no Estado de São Paulo, na média de 2016, ante um contingente de 3,390 milhões de indivíduos nessa situação em 2015.

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