postado em 24/09/2013 09:01
Em Exilados do vulcão, de Paula Gaitán, Clara Choveaux vive a jornalista e escritora Luiza, que revive os passos do amor de sua vida, Pedro (Vincenzo Amato), um fotógrafo que está perdendo a memória.Aos 38 anos, a atriz conta que tem dificuldade de enumerar todos os lugares onde já morou, de Assunção (Paraguai), onde nasceu, filha de mãe brasileira e de pai francês, a Los Angeles e Rio de Janeiro, onde está atualmente.
A carreira começou na França, apadrinhada pelo diretor Bertrand Bonello. Em Tirésia (2003), viveu um transsexual que é impedido de tomar seus medicamentos e volta a ter feições masculinas. ;Tive vários sonhos eróticos com minhas amigas. Acordava sem saber se tinha nascido homem ou mulher. Eu usava barba e uma prótese peniana imensa;, descreve Clara, que concorreu com Nicole Kidman em Cannes ao prêmio de melhor atriz.
A falta de raízes fixadas em apenas um lugar, aliada aos conflitos de identidade vividos no filme, moldaram Clara Choveaux como pessoa e atriz. Segundo ela, as constantes mudanças a tornaram mais observadora. ;Observar ajuda a encarnar, de fato, o personagem;, resume.
A volta ao Brasil ocorreu em 2008, para as gravações da comédia Embarque imediato, que tinha ainda Marília Pêra e José Wilker, no qual fez a coadjuvante Jô. Apesar da força do elenco, os resultados não foram esperados. Em 2009, um encontro com Paula Gaitán e uma conversa de três horas e meia entre ambas deu início ao projeto Exilados do vulcão.