Carnaval 2010

Oito mil pessoas acompanham os desfiles do grupo especial no Ceilambódromo

postado em 09/03/2011 04:27

A Mocidade do Gama fechou o desfile do grupo especial às 4h20 desta quarta (9/3). Levou para avenida uma comissão de frente com 12 integrantes que representavam os índios que moravam na região do Distrito Federal na época bandeirantes.

Para contar a história da região do Gama mesmo antes da fundação de Brasília, a escola contou com 700 componentes, divididos em 14 alas e três carros. Nem o pouco público, que continuou deixando o Ceilambódromo depois da apresentação da Aruc desanimou a agremiação.

Segundo a presidente da escola, Elizangela Lima, a torcida do Gama continuou no local e ajudou muito. Já Lucinete Alves Abadi, que está na agremiação desde sua fundação, em 1985, o que fez a diferença foi a luta, já que foram somente 25 dias para deixar tudo pronto. "Conseguimos fechar o carnaval com chave de ouro".

Bola Preta

A Bola Preta, de Sobradinho, contou com um cantor de 10 anos ajudando a puxar o samba-enredo. Pablo dos Santos, filho do presidente da escola, Rony Pala, canta na agremiação desde os três anos, e sonha em assumir o posto de titular quando crescer.

"Canto para ter experiência e um dia ser o cantor à frente da escola", planeja. Já Rony ficou satisfeito com o desfile da Bola Preta e enalteceu a garra de seus componentes. "Vamos esperar o resultado, mas a sensação é de dever cumprido", afirma.

A escola desfilou com 800 componentes divididos em 14 alas. A bateria contava com 80 ritimistas e quatro carros atravessaram a pista sem nenhum problema, dentro do tempo estipulado. Em seguida, a Mocidade do Gama entra em cena.

Aruc

A tradicional Aruc entrou na avenida do Ceilambódromo para reverenciar sua própria história. Já na comissão de frente, a homenagem foi para os cariocas que fundaram a agremiação. Com mil componentes, três carros, 25 destaques e 100 ritimistas, a escola também contou, assim como a Águi Imperial, de uma ala de cadeirantes.

"Ocorreu tudo como programado, agora está na mão dos jurados. Estamos confiantes em mais um título, já que não tivemos problemas técnicos", declarou Moacir Oliveira Filho, presidente da agremiação.

Águia Imperial

A Águia Imperial de Ceilêndia tomou conta da arquibancada. "Jogando em casa", a escola quase estourou o tempo limite de 60 minutos para atravessar a passarela, mas tudo terminou bem. Com o término do desfile, o público começou a deixar o local.

Com 1080 componentes, 14 alas e 100 ritmistas, a escola contou a história do dinheiro. "Saio com o sentido de dever cumprido. Antes de pisar na avenida estava preocupado, já que só tivemos 18 dias para fazer todos os preparativos, mas certeza de que vamos ganhar, somos a gigante de Brasília", acredita Raniere Rezende de Freitas, presidente da agremiação.

Aruremas

Antes, quem entrou no Ceilambódromo foi a Aruremas, com o tema "A auto-estima de Brasíla, verde que te quero terra...". Ao todo, são 900 componentes e três carros alegóricos.

Mesmo com um problema na roda do terceiro carro, que precisou ser empurrado por 25 pesosas, em vez de sete, como é normalmente, a escola conseguiu terminar o desfile quatro minutos antes de o tempo estourar. Ao todo, foram 13 alas e 70 ritimistas. Na comissão de frente, com 11 componentes, o protesto era contra os políticos corruptos.

"Quando pisou na avenida foi como mais um filho nascendo. O desfile foi ótimo, bem melhor que esperávamos, mesmo com terceiro carro dando problema. Ainda assim conseguimos com garra", declarou Hércules de Oliveira, 38, carnavalesco da escola.

Acadêmicos da Asa Norte


O quarto dia de desfiles começou dentro do horário no Ceilambódromo. A primeira escola de samba a entrar foi a Acadêmicos da Asa Norte. Com o tema "Nas bodas de ouro de seu sindicato, os grandes homenageados são os bancários", os mil integrantes levaram 60 minutos para atravessar a avenida.

Até o momento, a estimativa de público feita pela PM é de 8 mil pessoas, que foram prestigiar o grupo especial. A previsão é que as outras escolas acabem o desfile até as 2h40.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação