Eleições 2014

Brasilienses vivem teste de tolerância às vésperas das eleições

Enquanto a campanha eleitoral atravessa momentos decisivos antes da votação de domingo, simpatizantes dos dois candidatos a governador do DF se veem desafiados a não deixarem as divergências políticas afetarem as relações pessoais

postado em 22/10/2014 07:00
A bancária Patrícia Rocha (E) vota em Frejat e diz que tenta não influenciar a mãe, Valkíria, ainda indecisa
É impossível não discutir política em Brasília, onde são tomadas decisões capazes de mudar os rumos da nação. Mas quem mora na capital convive bem com as divergências? Em tempos de forte polarização, a poucos dias do segundo turno, eleitores dos candidatos a governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR) são desafiados a não deixarem as preferências políticas prejudicarem suas relações pessoais.

Estreante nas urnas, a universitária Rafaella Correa, de 19 anos, usou o título de eleitor pela primeira vez em 5 de outubro. No domingo, seus pais deverão votar em Frejat. Ela e o namorado, Danilo Werneck, 23, preferem Rollemberg. Rafaella considera que as diferenças de posicionamento entre pessoas tão próximas não afetaram seu humor.

;Meus pais têm outro pensamento. Eles discutem entre si, mas nenhum argumento chegou a provocar estresse entre mim e o Danilo;, comenta a jovem. O rapaz não acredita ser possível alterar opiniões desse modo. ;Cada indivíduo tem ideias próprias. O máximo que se pode fazer é defender algo diferente;, pondera ele.

Quem não se definiu por nenhum dos dois candidatos a governador do Distrito Federal acaba ouvindo argumentos de eleitores de ambos os lados ; até mesmo sem querer. Apesar da insistência de amigos e familiares, a aposentada Valkiria Rocha, 65 anos, não se sensibilizou com o que escutou.

;Estou em dúvida, não escolhi o candidato;, admite Valkiria. ;Vejo promessas vazias, acho que não vão fazer tudo o que foi prometido até agora.; Filha da aposentada, a bancária Patrícia Rocha, 34, decidiu votar em Frejat no domingo. Embora diga que não tenta influenciar a mãe, faz brincadeiras com o tema e participa de um grupo familiar de mensagens on-line pelo telefone celular. ;Política é o assunto do momento. Estamos muito perto das eleições, é natural que haja essa interação. Mas sem invadir o espaço dela;, observa Patrícia.

A matéria completa para assinantes está aqui. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação