Começou hoje (5/12) a votação para a escolha da nova coordenação do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães (DCE) da Universidade de Brasília (UnB). Cerca de 35 mil alunos estão aptos a votar em uma das cinco chapas que concorrem no pleito. A consulta vai até quinta-feira (6/12).
As - cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) - estão espalhadas em 15 seções nos câmpus Darcy Ribeiro, Ceilândia, Gama e Planaltina. O processo começou por volta das 8h, quando o pico de votação foi maior. A expectativa é que as seções eleitorais fiquem mais cheias durante o horário de almoço.
Segundo a comissão eleitoral, nenhum incidente foi registrado até o momento. Houve apenas atraso na abertura de algumas urnas, principalmente nos câmpus fora do Plano Piloto, por causa de problemas com transporte.
Os estudantes podem votar até 22h30 no câmpus Darcy Ribeiro, na Asa Norte. Nas faculdades de Educação Física e em outras que não oferecem curso noturno, assim como nos câmpus do Gama e de Ceilândia, as urnas estarão disponíveis entre 8h e 18h30. São 60 mesários distribuídos em três turnos.
A apuração dos votos começará a partir das 23h de quinta-feira e deve ser encerrada na manhã da sexta-feira (7/12). A chapa vencedora tomará posse na próxima terça-feira (11/11).
A estudante do segundo semestre de desenho industrial Gabriela Maia ainda está indecisa e pegou panfletos de todas as chapas para decidir em quem votar. "É importante os estudantes se organizarem para que tenham voz", defende.
A atual gestão do DCE, a chapa Aliança pela Liberdade, tenta reeleição. Todos os outros quatro grupos concorrentes fazem oposição.
Além da votação das cincos chapas que estão na corrida eleitoral, há outro grupo para ser votado, a chapa 2, Troll. Como não atende o pré-requisito que determina mínimo de 19 participantes, a chapa Troll disputa uma vaga apenas na representação discente da UnB e não no DCE.
Na urna que fica no Ceubinho, na Ala Norte do Instituto Central de Ciências (ICC), 140 estudantes votaram pela manhã. Os candidatos estão respeitando a distância mínima de 10 metros na urna e distribuem panfletos com as propostas das chapas.
O estudante de ciência política Mateus Lobo, integrante da chapa 1 - Aliança pela Liberdade, pediu que todos participem, idenpendetemente de qual chapa vão escolher. Para que a eleição seja considerada válida, pelo menos 10% dos alunos de graduação e pós precisam participar.
"A eleição não está definida, sempre podem aparecer surpresas", afirmou Guaçerimã Cruz, aluno de ciências sociais e participante da chapa 3 - Atitude coletiva. Cruz disse estar esperançoso por causa do trabalho que fizeram durante o processo eleitoral.
Os participantes da chapa 4 - Bloco na rua estão priorizando a campanha nas urnas que consideram mais importante, as do ICC, da Faculdade de Saúde, e dos câmpus de Planaltina e Ceilândia. "Acho que estamos na disputa", garantiu Heitor Zanini, integrante da chapa e estudante de sociologia.
[SAIBAMAIS]"Estamos no páreo. Acho que a decisão será voto a voto", acredita o integrante da chapa 5 - Honestinas Victor Reis, aluno de direito. Para ele, o diálogo e a disputa devem continuar mesmo após as eleições.
Sofia Yonêta é aluna do curso de nutrição da Universidade de São Paulo (USP) e veio apoiar a chapa 6 - Nada é Impossível de Mudar - Oposição Unificada ao DCE. Ela explicou que a chapa tem representantes em várias regiões do Brasil. "A luta não é só eleitoral, mas também política, para a mudança da UnB."
Com informações de Manoela Alcântara