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Embaixada dos EUA recebe estudantes do CsF com dúvidas sobre intercâmbio

Iniciativa ocorre em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife para 455 intercambistas; 28 são do DF

postado em 18/12/2012 14:42

A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília recepcionou nesta manhã 59 universitários de todo o Brasil que vão participar do programa Ciência Sem Fronteiras em 2013. Além deles, outros 396 futuros intercambistas participam do mesmo encontro nos consulados de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

Do Distrito Federal, são 28 estudantes que devem, a partir de janeiro, complementar a experiência universitária em instituições norteamericanas: 25 são da Universidade de Brasília (UnB), dois da Universidade Católica de Brasília (UCB) e um estudante do Centro Universitário de Brasília (UniCeub).

Durante a manhã, os estudantes foram recepcionados pelo Ministro Conselheiro da embaixada Todd Chapman, pelo conselheiro para assuntos de educação e cultura John Matel e por outros membros da representação internacional dos Estados Unidos no Brasil.

Além das boas-vindas, os universitários puderam sanar dúvidas sobre a viagem, pesquisar sobre as instituições escolhidas por eles e conversar com os americanos presentes sobre a rotina no país estrangeiro. À tarde, o serviço consular do órgão internacional deve ficar reservado para a emissão do visto dos jovens. Se o pedido for aprovado, eles vão receber o documento em casa dentro de cinco dias.

Alimentando expectativas
A brasiliense Juliane Meneses, da UnB, foi selecionada para intercâmbio na Universidade de Wisconsin, nos EUA. Foto: Iano Andrade/CB/D.A Press.A estudante Juliane Meneses está ansiosa para desembarcar nos Estados Unidos, o que deve acontecer em 14 de janeiro. ;Com a aproximação da data, o friozinho na barriga vai aumentando;, ela diz. Juliane tem 22 anos e estuda engenharia florestal na Universidade de Brasília (UnB). A instituição estrangeira que escolheu foi a de Wisconsin, em Madison, cidade localizada no centro-oeste do país.

Juliane enumera as expectativas que tem sobre a viagem: ;Pretendo melhorar meu inglês e descobrir a cultura de um novo país. Fui aos EUA quando era muito pequena, com a família. Agora, é diferente. Vou para estudar, mas também para aproveitar as oportunidades que surgirem lá.;

Tornar-se mais independente é o principal objetivo de Lívia Brandão, que estuda engenharia química na Universidade Federal de Goiás (UFG) e escolheu a mesma universidade que Juliane. ;Meus pais são muito apegados. A família toda veio a Brasília só por causa dessa recepção. Imagina quando for a hora de embarcar de verdade;, ela comenta.

As duas universitárias, que já se conheciam pela internet, aproveitaram para descobrir juntas outras informações sobre o lugar para onde vão. ;Pesquisei na internet, acho que no início lidar com o frio vai ser o mais difícil;, avalia Juliane. Para Lívia, habituar-se à alimentação tradicional dos Estados Unidos vai ser o maior desafio. ;Tive sorte porque vou ficar num lugar onde posso cozinhar eu mesma. Pior seria se tivesse de comer sempre na lanchonete, porque fica mais caro e menos saudável;, completa Lívia.

Lídia Lacerda veio de Belém, no Pará, para conseguir em Brasília o visto necessário. Ela estuda agronomia na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e vai fazer intercâmbio na Universidade de Nebraska-Lincoln, numa região conhecida pela forte influência indígena. ;Estou louca para chegar logo. Além da rotina na universidade, quero aproveitar para conhecer melhor o país;, explica.

América mais brasileira
;Nós americanos não poderíamos estar mais contentes com a ida de vocês à nossa terra;, declarou Todd Champan no discurso de boas-vindas. ;Há um grande interesse nos Estados Unidos sobre o Brasil neste momento. Ninguém melhor do que vocês para atrair ainda mais americanos ao Brasil;, sugere o conselheiro. Para ele, cumprir a tarefa não vai ser difícil: ;Basta vocês mostrarem fotos das belas praias, do carnaval, que todo mundo vai querer vir;, ele brinca.

Estudantes selecionados pelo CsF para estudar nos EUA aproveitam o dia para sanar dúvidas sobre intercâmbio. Foto: Iano Andrade/CB/D.A Press.

O discurso acompanha o tom da inicitativa 100.000 Strong, lançada pelo presidente americano Barack Obama em 2009 com o intuito de aumentar o número de americanos estudando fora do país de origem. Neste ano, o programa está concentrando esforços para aumentar o número de interessados pelos países latinoamericanos. Atualmente há 3.800 americanos estudando no Brasil.

Fazer novos amigos é um dos objetivos de Guilherme Medeiros, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Matheus Barreto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Edrey César, da UFG. ;Estou muito surpreso com a recepção que estamos tendo já aqui no Brasil por meio da embaixada. Todo mundo é muito simpático, o que supera minhas expectativas;, comenta Guilherme, de 19 anos. ;Se for todo mundo assim, vai ser bem mais fácil;, supõe o colega Matheus, de 22 anos.

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