Trabalho e Formacao

A hora certa de começar

Conheça a história de dois empreendedores que não tiveram medo de ousar e abusaram da coragem típica da juventude para abrir empresas

postado em 28/07/2014 10:00
 (Antonio Cunha/CB/D.A Press)
Sthefan e Gracilene: os dois começaram cedo e se deram conta de que precisavam estabelecer uma relação mais personalizada com o consumidor (Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Sthefan e Gracilene: os dois começaram cedo e se deram conta de que precisavam estabelecer uma relação mais personalizada com o consumidor

Gracilene Bessa, 30 anos, e Sthefan Barros, 28 anos, são dois empresários que, além de serem jovens, têm muito em comum. Começaram cedo a trabalhar com comércio. Ela, com vestuário feminino. Ele, com roupas masculinas. Em pouco tempo, consolidaram suas marcas. Mesmo com um nome forte no mercado, não deixam de inovar sempre. Ao olhar para trás, reconhecem que a coragem para assumir os riscos era muito maior há alguns anos, mas confessam que foi a decisão tomada na hora certa.


A Verde Manga há nove anos vende roupas para mulheres de quase todas as idades. A vontade de montar a própria empresa surgiu na faculdade, quando cursava comunicação social. Na época, Gracilene tinha 21 anos. O projeto final do curso virou o plano de negócios do empreendimento. ;Desde o início, tento controlar o receio que tenho das oscilações do mercado. O medo não deixa arriscar, acaba com a criatividade e impede inovar. Tive altos e baixos, por isso é sempre importante apostar em inovações e ideias diferentes;, afirma.


Sthefan Barros, 28 anos, comemora um ano de muito sucesso da Original Outlet. A loja é uma multimarcas de roupas masculinas. Com pouco tempo de portas abertas, o empresário recebeu proposta para transformar a marca em franquia e vai abrir uma unidade em outro estado. Antes de virar uma oportunidade de negócio, era apenas uma necessidade pessoal. Para melhorar a própria imagem dentro da empresa que trabalhava, Sthefan estudou estilos, aprendeu mais sobre as tendências e começou a se vestir melhor. Virou referência para os amigos e a vender algumas peças para eles. Deixou o emprego em uma multinacional para se dedicar à nova carreira. ;Antes de nos conhecer, o cliente conhece nossa imagem. O vestuário é 90% disso;, explica o jovem sobre a importância da aparência no trabalho.

Interação necessária

Hoje a importância das redes sociais na vida pessoal das pessoas fez com que os jovens empresários dessem mais atenção a esse canal de comunicação. Pela internet, conseguem atingir novos clientes e estabelecer uma relação mais personalizada para cada consumidor. ;Atualmente, o empresário não tem a opção de estar fora das redes sociais, principalmente aqueles que conversam diretamente com determinado grupo de consumo. As conversas sobre marca, produtos e recomendações acontecem no meio on-line. Estar fora disso é decidir ficar fora da conversa, ou seja, o mercado não vai falar da sua marca;, analisa o professor de Mídia Digital e Inovação do Iesb Marcelo Minutti.


Na hora de prospectar o nome do empreendimento na web, é importante ter cautela para que a ideia não se transforme em um tiro no pé. ;Não é só fazer um perfil em alguma rede social e achar que algo estático vai trazer cliente para loja. Nós publicamos três vezes ao dia ou até mais, dependendo do conteúdo que temos programado;, conta Gracilene.


Antes de colocar a Original Outlet na web, Sthefan pesquisou mais uma vez para trazer um diferencial para o perfil on-line. Conseguiu apostando na publicação de fotos diárias das peças que vende. ;A rede social funciona como uma pré-venda. Além da termos um feedback do cliente, quando gosta, ajuda a divulgar a loja no Instagram ou no Facebook;, conta.

Dica do especialista


Para não cometer erros nas rede sociais é necessário trabalhar o conceito da marca de maneira estratégica e de acordo com os conceitos já estabelecidos pelo negócio. Confira os três passos básicos.

Ouvir
É preciso entender a dinâmica das redes sociais. Saber o que o público-alvo se interessa, quer consumir e como se comporta na web. É o meio de descobrir de forma rápida o que acham da empresa. Se for negativo, é fundamental solucionar o problema rapidamente. Além de descobrir o que o cliente procura, o empresário deve ficar atento aos concorrentes.

Falar
Depois de avaliar o perfil dos clientes em potencial que interessa para a empresa e conhecer mais sobre os concorrentes, é hora de inserir a marca na timeline do público-alvo. Mostrar como os produtos ou serviços da sua empresa estão inseridos nas tendências em voga. Assim, você divulga de maneira indireta o nome do empreendimento.

Ser comentado
É a etapa mais difícil. Conseguir com que os usuários das redes sociais falem da sua marca. Isso depende de um conteúdo atrativo e de interesse das pessoas, não da empresa.

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