Mundo

Obama quer se unir ao Brasil por 'energia limpa'

;

postado em 11/06/2008 19:33
O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, deu uma entrevista exclusiva ao jornal chileno El Mercurio, publicada nesta quarta-feira (11/06) na edição impressa do periódico. Na entrevista, Obama falou sobre seus planos para as relações entre os Estados Unidos e a América Latina, caso seja eleito presidente americano em novembro. Ele disse que quer se "unir ao Brasil para buscar formas mais limpas de energia. Obama disse que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é "uma ameaça, mas uma ameaça administrável." Obama disse que Chávez "pode ter se envolvido no apoio às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Esse não é o tipo de vizinho que queremos." Obama, no entanto, afirmou que se chegar à Casa Branca abrirá conversações com Cuba e a Venezuela. "Eu, se chegar à Casa Branca, iniciarei conversações com nossos inimigos em Cuba e na Venezuela." Obama enfatizou que quando "acabar a Guerra do Iraque", os EUA poderão direcionar novamente sua atenção à América Latina. Obama nunca viajou à América Latina. Ele disse que não apóia o tratado de livre-comércio que é negociado entre a atual administração Bush e a Colômbia, por causa do grande número de assassinatos de sindicalistas na Colômbia. Ele também disse que poderá suspender ou renegociar o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), que existe desde 1994 com o México e o Canadá. Democratas afirmam que os EUA perderam empregos industriais para o México após o acordo. Mas Obama disse que sua política para a região irá além do livre-comércio. "Existe uma conexão natural entre os Estados Unidos e a América Latina", afirmou ao jornal chileno. Em seguida, Obama listou o que fará se for eleito. "Começaria conversações com nossos inimigos em Cuba e na Venezuela. Cancelaria as restrições de viagens aos que tiverem familiares em Cuba. Quero me unir a países como o Brasil para buscar formas mais limpas de energia. Aprovaria o tratado de livre-comércio com o Peru, mas me oponho a um tratado desse tipo com a Colômbia até que tenha a confiança de que não são mais assassinados líderes sindicais. É preciso acabar com as atividades dos grupos paramilitares", disse o candidato democrata.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação