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Desabastecimento preocupa indústria argentina

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postado em 12/06/2008 09:59
Buenos Aires - A indústria argentina está preocupada com vários problemas de desabastecimento no país, como na área de laticínios, farinha de trigo, óleos, macarrão, verduras e frutas. O mais grave é o de combustível. A maioria das províncias argentinas está sem combustíveis e os postos de serviços, fechados. Falta óleo combustível para as fábricas. Com a chegada do frio, as indústrias são as primeiras a sofrer com o corte no fornecimento de gás (elas substituem o gás pelo óleo combustível). Os insumos também já estão faltando para as fábricas. Câmaras empresariais emitiram notas manifestando preocupação pelo conflito do governo com os produtores rurais, que promovem bloqueios nas estradas, e que ameaça paralisar a indústria e o comércio. Diante da política imposta pelo ex-presidente Néstor Kirchner e sua mulher, a presidente Cristina Kirchner, de perseguir os que criticam o governo, os empresários não falam publicamente. Mas pedindo para que não sejam citados nominalmente, reconhecem que a situação "é grave porque ninguém no governo parece escutar ou ver o que está acontecendo no país". A queixa foi feita à reportagem por um importante empresário do setor de alimentos. Nesta quarta, a Coordenadora das Indústrias de Alimentos (Copal ), fez uma séria advertência sobre as graves conseqüências da atual situação na indústria e disse que "diante das dificuldades logísticas e a paralisação da atividade por falta de insumos, haverá desabastecimento de alimentos". O Centro da Indústria de Leite também emitiu uma nota dizendo que se os bloqueios de rodovias não terminarem nas próximas horas, haverá grave desabastecimento de laticínios. A entidade disse que cada dia de bloqueio provoca o desperdício de entre 300 mil e 400 mil litros de leite, que são jogados fora. A carne também começa a faltar no interior. Na capital federal o produto ainda é encontrado, mas com aumentos de 7%.

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