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Obama critica McCain por apoiar privatização da Seguridade Social

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postado em 20/09/2008 19:09
O candidato democrata às eleições presidenciais dos EUA, Barack Obama, criticou o candidato Republicano, John McCain, neste sábado (20/09) por suas ligações com lobistas e apoio à privatização do sistema de Seguridade Social, do qual muitos dos aposentados do país dependem para viver. Obama também usou as palavras de McCain para retratá-lo como contrário às regulações federais da indústria bancária. McCain, veterano de 26 anos do Congresso com uma longa história de oposição a tais regulações, afirma agora que mais controle é necessário para evitar uma repetição da turbulência financeira que derrubou os mercados acionários na última semana. "Tem apenas um candidato que se considerou fundamentalmente 'a favor da desregulamentação', quando a desregulamentação é parte do problema", declarou Obama durante aparição em evento na Universidade Bethune-Cookman. Obama fez referências ao posicionamento de McCain, segundo o qual a abertura do mercado de seguro de saúde para competição mais vigorosa no país, assim como foi feito na indústria bancária na última década, daria mais escolhas. "Então deixe-me entender isso direito. Ele quer conduzir os cuidados com a saúde como eles vêm conduzindo Wall Street", disse Obama. "Bem, senador, eu conheço algumas pessoas em Main Street que não vão considerar isso uma boa idéia". Sobre a Seguridade Social, o plano de pensão do governo, Obama disse que irá proteger e fortalecê-lo, enquanto McCain quer privatizá-lo. McCain tem sido defensor da proposta de permitir que os trabalhadores usem o dinheiro que pagam nas taxas de Seguridade Social e o direcionem para contas privadas investidas em Wall Street. "Sei que o senador McCain está falando de uma 'cultura de cassino' em Wall Street, mas o fato é que ele é um dos que querem jogar com suas poupanças", disse Obama. A campanha de McCain alega que Obama vem recorrendo a táticas de medo para ganhar votos. "John McCain é 100% comprometido em preservar os benefícios da Seguridade Social para os idosos e Barack Obama sabe disso", defendeu o porta-voz da campanha de McCain Tucker Bounds. "O próprio Barack Obama tem apoiado contas privadas alternativas, o que torna esses ataques uma perfeita demonstração da disposição dele de ignorar fatos a favor da auto-promoção", completou. McCain criticou Obama esta semana, inclusive em campanhas na televisão, por suas ligações com a Fannie Mae e a Freddie Mac, duas agências hipotecárias que o governo assumiu no começo do mês. Mas Obama disse que McCain é aquele cuja campanha está cheia de atuais e ex-lobistas da Fannie e da Freddie. "Só há um candidato cuja campanha está sendo conduzida por sete dos mais poderosos lobistas de Washington, e pessoal, não sou eu", afirmou o candidato Democrata, acrescentando que ele "não aceita nenhuma moeda" dos lobistas de Washington. "Então quando John McCain diz que os lobistas 'não vão nem passar da porta de entrada' da sua Casa Branca, minha pergunta é, 'quem irá pará-los? Aqueles sete lobistas", comentou Obama. O alvo de Obama neste sábado (20/09) era o eleitorado feminino, um grupo que tem votado pelos Democratas nas eleições recentes, mas pode mudar para o lado de McCain por conta da escolha de Sarah Palin como companheira de chapa do candidato Republicano. No discurso, Obama lembrou o fato de ter sido criado por mãe solteira que dependia de vale-alimentação para fazer frente às despesas.

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