postado em 13/11/2008 09:58
SEUL - A Coréia do Sul pediu nesta quinta-feira (13/11) à Coréia do Norte que conversem para acalmar as tensões depois da ameaça de Pyongyang, na véspera, de fechar sua fronteira com o Sul a partir de 1º de dezembro em represália pela "política de confrontação" de Seul.
"O Sul chama o Norte a prosseguir com o trabalho de coexistência e melhorar as relações entre as duas Coréias através do diálogo e da cooperação", declarou o porta-voz do ministério da Defesa sul-coreano.
Em uma mensagem dirigida pelo Exército sul-coreano às Forças Armadas do norte pedindo as conversações, Seul afirmou que pretende impedir que os militantes continuem enviando panfletos para o norte criticando o regime de Kim Jong-il e deseja promover projetos econômicos comuns.
O ministro sul-coreano da Unificação, encarregado das relações intercoreanas, também deve dirigir uma oferta de diálogo a Pyongyang, indicou o ministro das Relações Exteriores, Yu Myung-hwan.
O Exército norte-coreano anunciou que Pyongyang vai limitar "estritamente" as entradas em seu território pela fronteira a partir de 1º de dezembro, acesso que atualmente já é extremamente restrito, segundo informou a imprensa oficial norte-coreana na quarta-feira.
O Exército norte-coreano advertiu às autoridades sul-coreanas que as medidas, que pretendem "restringir estritamente e interromper a passagem terrestre através da linha de demarcação militar, serão efetivas a partir de 1º de dezembro.
O comunicado em inglês deixa a dúvida se a entrada será totalmente interrompida ou muito limitada.
Uma proibição da passagem pela fronteira significaria o fechamento de fato do complexo industrial de Kaesong, situado na Coréia do Norte, pouco além da fronteira e financiado pela Coréia do Sul.
O anúncio foi feito depois de meses de tensão entre as duas Coréias, com ameaças de Pyongyang de expulsar todos os sul-coreanos de Kaesong.