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Presidente do Equador nega envolvimento com narcotráfico

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postado em 21/02/2009 21:30
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado (21/02) que seus adversários têm um plano para envolvê-lo com o tráfico de drogas para deflagrar um golpe de Estado, antes das eleições gerais de 26 de abril, quando tentará a reeleição. "De repente criam uma trama 'narcopolítica' e conseguem um testa de ferro que afirme: dei a Correa 500 mil dólares dos Ostaiza (traficantes). "O povo pode acreditar e derrubar minha popularidade, permitindo um golde de Estado". "No Equador a democracia está em perigo. Há gente que não quer as eleições de 26 de abril, e a América Latina precisa ficar atenta", disse Correa em seu programa semanal de rádio e TV. Segundo o presidente, os golpistas são "a imprensa corrupta", aliada a grupos de poder econômico e a partidos políticos que estão interessados em derrubá-lo, inventando um envolvimento com o tráfico de drogas. Cartel Correa se referia à investigação iniciada pela Procuradoria para determinar a suposta relação do ex-secretário José Chauvín com o cartel liderado pelos irmãos Ostaiza para traficar drogas com a guerrilha colombiana das Farc. Chauvín nega as acusações de narcotráfico, mas admite que tinha uma estreita amizade com Rául Reyes, o líder das Farc morto no ano passado pelas forças colombianas, durante uma incursão no Equador. Em seu programa semanal, Correa afirmou que Chauvín "se reuniu com Reyes quando já não era mais subsecretário de governo, ou seja, não representava o governo". "Ele (Chauvín) se encontrou com Reyes "por conta própria, é um problema dele", destacou. Chauvín, secretário do ex-ministro de Governo Gustavo Larrea, está preso há 15 dias por seu envolvimento com os irmãos Ostaiza. "Não conheço os Ostaiza e mal conhecia Chauvín, até foi preciso ver uma foto para me lembrar dele", disse o presidente.

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