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Em teste, estatina reduz o risco de trombose

Substância eficaz na redução do colesterol e utilizada contra problemas cardíacos se mostra útil no combate a coágulos perigosos

postado em 31/03/2009 08:15
Um estudo realizado nos Estados Unidos e divulgado no New England Journal of Medicine comprova que medicamentos com estatina reduzem os riscos de trombose e embolia pulmonar em até 43%. A substância é usada, atualmente, para reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL), evitar alguns problemas vasculares e cardíacos. O estudo mostra que a estatina pode diminuir as chances de desenvolvimento de coágulos sanguíneos perigosos, capazes de se deslocar para os pulmões, coração ou cérebro. Para a pesquisa, foram selecionados aleatoriamente 17.802 homens e mulheres que não tinham problemas de colesterol, mas apresentaram resultados altos em testes para sensibilidade da proteína C-reativa, ou CRP ; uma medida de inflamação do organismo que pode indicar a presença de artérias entupidas, infecções ou ferimentos mais simples. As pessoas escolhidas foram divididas em dois grupos. Um deles tomava pílulas de placebo, enquanto o outro era medicado com um remédio à base de estatina. A tromboembolia venosa ocorre quando um coágulo sanguíneo é formado em uma veia. Em sua forma mais comum, a trombose venosa profunda, aparece nas ;veias profundas; das pernas ou da pélvis. O coágulo, ao transitar pelo sistema venoso, cria uma embolia que pode se alojar no pulmão. O tipo de estatina usado na pesquisa foi a rosuvastatina, que reduziu o risco de tromboembolia venosa (TEV) em pessoas saudáveis em até 43%. A TEV inclui a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar, causa de morte que mais poderia ser prevenida em hospitais dos Estados Unidos. A rosuvastatina fez com que o risco de trombose venosa profunda diminuísse 55%. A substância, no entanto, só pode ser usada mediante recomendação e acompanhamento médico. A pesquisa foi liderada pelo estatístico Robert Glynn e pelo médico Paul Ridker, do Brigham and Women;s Hospital, em Boston, afiliado de Harvard. Ridker assegurou que a terapia com estatina não eleva o risco de sangramento excessivo ; um dos efeitos colaterais cogitados. A empresa AstraZeneca, que produz o remédio Crestor, financiou o estudo. Os resultados obtidos podem incentivar pessoas sem problemas de colesterol a usar medicamentos à base de estatina, encontrados no mercado sob os nomes de Crestor, Lipitor e Zocor, além das formas genéricas.
Tratamento pós-infarto Pesquisadores norte-americanos das universidades Vanderbilt e Emory, do Lindner Research Center e do Texas Heart Center descobriram que um tratamento com células-tronco procedentes da medula óssea melhora a circulação sanguínea em artérias ou veias após um infarto. Os resultados foram apresentados durante a conferência do American College of Cardiology (ACC), em Orlando, na Flórida. O estudo partiu do pressuposto de que um infarto produz alterações significativas na musculatura do coração e eleva as chances de insuficiência cardíaca. O grupo analisado pelos pesquisadores era de 31 pessoas, das quais 16 receberam um composto de células-tronco da medula óssea cultivadas em laboratório para se transformar em células progenitoras endoteliais, que acredita-se que sejam capazes de reconstruir as paredes dos vasos sanguíneos. Esses pacientes haviam passado por angioplastia ou por um implante de stent (prótese implantada nos vasos para evitar seu fechamento ou obstrução). Os demais participantes foram tratados com uma medicação-padrão, de acordo com a agência de notícias EFE. Os cientistas aplicaram 5, 10 ou 15 milhões de células-tronco na região das artérias coronárias que havia desencadeado o infarto em cada uma das 16 pessoas. A análise do processo de recuperação cardíaca dos pacientes revelou que os tratados com células-tronco da medula tiveram uma recuperação do fluxo sanguíneo significativamente melhor que o grupo no qual foram administrados os medicamentos usuais.

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