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EUA afirmam respeitar soberania do Iêmen

Agência France-Presse
postado em 07/01/2010 19:17

WASHINGTON - O Pentágono afirmou nesta quinta-feira (7) que os Estados Unidos respeitam a soberania do Iêmen e que o papel de Washington no país limita-se à formação e à inteligência, depois de um ministro iemenita ter advertido contra uma intervenção militar americana.

Minimizando seu envolvimento no país, as autoridades militares americanas alegaram que apenas fornecem informações aos iemenitas para ajudá-los a lutar contra a rede Al-Qaeda, que reivindicou a tentativa de atentado contra um avião de carreira da Northwest Airlines no dia do Natal.

"O Iêmen é um Estado soberano. Queremos trabalhar com as autoridades de uma forma que possa ser útil a elas", insistiu Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono.

Mais cedo nesta quinta-feira, o vice-primeiro-ministro iemenita para os assuntos de defesa e segurança, Rached al-Alimi, declarou que uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos "poderia reforçar" a Al-Qaeda. Indagado sobre a possibilidade de tal intervenção, Whitman afirmou que "nunca especulará" sobre operações militares futuras, insistindo em que os Estados Unidos continuarão a "buscar formas de ajudar os países que querem combater as ameaças terroristas".

O porta-voz lembrou que o exército americano já treina os militares iemenitas há muitos anos.

De acordo com os especialistas americanos, o exército, que já atua em duas frentes, teria muitas dificuldades para conduzir uma intervenção militar no Iêmen. "Quem quiser uma intervenção militar americana direta no Iêmen deveria verificar sua saúde mental", comentou Bruce Riedel, ex-funcionário da CIA e membro da Brookings Institution.

"Não precisamos de uma terceira guerra na região", afirmou o especialista durante uma conferência.

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