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Empire State "se nega" a homenagear a Madre Teresa

Agência France-Presse
postado em 09/06/2010 15:37
Os admiradores da Madre Teresa querem que o Empire State Building a homenageie em seu centenário, mas o arranha-céus mais alto de Nova York se nega a se iluminar com as cores da religiosa.

Modificando a iluminação de sua parte superior, o emblemático edifício de 102 andares já prestou uma homenagem nas últimas décadas a várias personalidades, fatos históricos e feitos esportivos.

O edifício já se ;vestiu; de púrpura e ouro pela rainha Elizabeth II, de vermelho e amarelo pelos 60 anos da revolução comunista chinesa, de verde por São Patrício, de azul pelos olhos de Frank Sinatra e até de amarelo pelos Simpsons.

Mas em 26 de agosto, quando se celebram os cem anos de nascimento da Madre Teresa, beatificada após sua morte, em 1997, os donos do prédio se negaram a iluminá-lo com as cores azul e branca que a simbolizam.

"O Empire State building celebra muitas culturas e causas de todo o mundo, com iluminações icônicas, incluindo as festividades religiosas da Páscoa, do Eid al Fitr, Hanuká e Natal", explicou Anthony Malkin, que administra a empresa dona do edifício art-déco, construído em 1931.

No entanto, esclareceu Malkin, "por ser uma propriedade privada, o edifício tem uma política específica contra qualquer outra solicitação de iluminação de índole religiosa ou vinculada a uma personalidade religiosa".

A iluminação havia sido solicitada pela Liga Católica. Após a polêmica, dois vereadores apresentaram esta quarta-feira, ao City Council, uma resolução pedindo que os administradores do edifício voltassem atrás.

"Não acho que haja tempo suficiente para votar (a resolução), mas certamente uma maioria de membros do Conselho vai nos apoiar", disse à AFP Peter Vallone, vereador pelo distrito do bairro Astoria, no Queens (leste).

Segundo Vallone, a iniciativa responde "à importância internacional da Madre Teresa como símbolo de paz e esperança, em reconhecimento ao trabalho humanista" da beata de Calcutá, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1979.

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