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Primeiros presos políticos cubanos partem para Espanha

Agência France-Presse
postado em 12/07/2010 23:57
Um grupo com seis presos políticos dos 52 que o governo de Cuba aceitou libertar partiu na noite desta segunda-feira (12/7) para a Espanha, acompanhado por cerca de 30 familiares, revelou uma fonte da embaixada espanhola.

Os seis dissidentes e seus familiares viajaram em um voo regular da Air Europa. Um sétimo preso político partirá em breve, em um voo da Iberia, precisou a embaixada da Espanha em Havana.

Os sete presos políticos são Pablo Pacheco, José Luis García Paneque, Léster González, Antonio Villarreal, Julio César Gálvez, Omar Ruíz e Ricardo González, disse à AFP o dissidente Oscar Espinosa, que recebeu um telefonema do grupo pouco antes do primeiro embarque.

No total, 20 presos políticos já aceitaram emigrar à Espanha, e levarão consigo 65 familiares em voos da Iberia e da Air Europa.

A libertação dos 52 dissidentes foi resultado de um esforço conjunto da Igreja Católica de Cuba e do governo espanhol.

Os presos estavam concentrados desde o sábado passado no hospital da penitenciária de Combinado del Este, em Havana, a principal do país, onde foram submetidos a exames médicos e trâmites de migração.

Um ônibus oficial recolheu durante a tarde de hoje os familiares que vieram das províncias, que foram reunidos em um hotel do ministério do Interior no sudoeste de Havana.

Os 52 dissidentes eram os últimos detentos do grupo de 75 pessoas presas em março de 2003 e condenadas um mês depois, em julgamentos sumários, a penas de entre 6 e 28 anos de prisão, em um processo que gerou uma onda de protestos da comunidade internacional e deteriorou as relações entre Cuba e a União Europeia (UE).

Todos são considerados presos de conciência pela Anistia Internacional.

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