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Israel aceita que ONU investigue ataque à flotilha com ajuda humanitária na Faixa de Gaza

postado em 02/08/2010 14:06
Brasília ; Dois meses depois do ataque israelense à frota de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, o governo de Israel informou nesta segunda-feira (2/8) à Organização das Nações Unidas (ONU) que aceita as investigações sobre o episódio ocorrido em 31 de maio. Anteriormente, as autoridades israelenses se recusavam a autorizar a apuração do caso afirmando que haveria uma investigação própria. No ataque morreram nove pessoas e mais de 30 ficaram feridas.

As informações são da rede de televisão estatal de Israel, Channel 1. A decisão foi anunciada pelo ministro da Defesa, Ehud Barak, em Nova York, durante conversa com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Antes do anúncio, Barak consultou o assessor de Segurança Nacional de Israel, Uzi Arad.

Durante reunião com o secretário-geral da ONU, Barak foi informado que uma investigação interna, conduzida pelas autoridades israelenses, não tem ;credibilidade internacional;. Segundo Moon, o inquérito interno é importante, mas não suficiente.

No dia 31 de maio, militares israelenses atacaram uma flotilha organizada por entidades de ajuda humanitária destinada à região da Faixa de Gaza. O ataque levou à morte de nove ativistas e mais de 30 ficaram feridos. A maioria das vítimas era de origem turca. O episódio gerou uma série de críticas da comunidade internacional.

A ONU e os Estados Unidos exigiram de Israel a permissão para a condução de uma investigação independente sobre o caso. Mas o governo israelense se negou a autorizar as apurações. Segundo as autoridades de Israel, os militares apenas reagiram a um ataque porque supostamente havia integrantes de grupos terroristas infiltrados entre os ativistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o ato israelense. Para o presidente, o ataque à frota de ativistas pode ser comparado a outras ações terroristas que também são rechaçadas pelo governo brasileiro.

Há cerca de três anos, a região de Gaza está submetida a um embargo econômico imposto por Israel. Momentaneamente está autorizada a entrada de produtos considerados bens de consumo, como alguns tipos de alimentos, medicamentos, roupas e calçados. Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas vivem na área.

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