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Uribe e Palmer comandarão investigações da ONU sobre ataque israelense à flotilha humanitária

postado em 02/08/2010 19:45
Ao deixar o governo da Colômbia em 7 de agosto, o presidente Álvaro Uribe terá a missão de comandar ao lado da ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Geoffrey Palmer, o inquérito sobre o ataque israelense à flotilha humanitária na Faixa de Gaza. A escolha dos nomes foi feita hoje (2/8) pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU).

As investigações começarão 10 de agosto. Ki-moon afirmou que a expectativa é de conclusão até a primeira quinzena de setembro. O secretário-geral agradeceu a contribuição das autoridades turcas e israelenses. Nos últimos dois meses, foram intensificadas as negociações em busca de um acordo e hoje Israel anunciou que aceitaria as investigações da ONU.

"Espero sinceramente que a criação desse painel
(de investigações) cause um impacto positivo na relação entre Israel e Turquia e contribua para o processo de paz no Oriente Médio", disse Ki-moon.

Segundo ele, além de Uribe e Palmer, o inquérito contará também com representantes dos governos de Israel e a Turquia. O objetivo do inquérito é além de investigar o episódio, de 31 maio, elaborar recomendações para evitar incidentes similares no futuro.

Em 31 de maio, militares israelenses atacaram uma flotilha organizada por entidades de ajuda humanitária destinada à Gaza. O ataque provocou a morte de nove ativistas e feriu 30 pessoas. A maioria das vítimas era de origem turca. O caso gerou uma série de críticas da comunidade internacional. Autoridades israelenses alegaram que estavam se defendendo de eventuais ameaças de infiltrados na flotilha.

Dias depois do incidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o ato israelense. Para o presidente, o ataque à frota de ativistas pode ser comparado a outras ações terroristas que também são rechaçadas pelo governo brasileiro.

Desde 2007, Gaza está submetida a um embargo econômico imposto por Israel. Momentaneamente está autorizada a entrada de produtos considerados bens de consumo, como alguns tipos de alimentos, medicamentos, roupas e calçados. Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas vivem na região.

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