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Testemunha viu gêmeas suíças desaparecidas a bordo do barco para a Córsega

Agência France-Presse
postado em 09/02/2011 10:50
MARSELLA - As gêmeas suíças de seis anos desaparecidas desde 30 de janeiro estavam a bordo do barco no qual seu pai, que quatro dias depois se suicidou, havia embarcado rumo a Córsega, indicou nesta quarta-feira de Marselha (sul da França).

"Desde ontem (terça-feira) sabemos por passageiros do barco entre Marselha e Propriano (sul da Córsega) que o homem estava com as meninas a bordo", afirmou à imprensa o promotor Jacques Dallest.

Três passageiros do barco, entre estes a vizinha de camarote do pai e das duas meninas, prestaram testemunho ante a promotoria.

"A vizinha de camarote explicou que ouviu choro de criança durante a noite e que dias depois viu (as fotos) das meninas e reconheceu formalmente uma delas", explicou o promotor.

Dallest afirmou que o pai e as gêmeas embarcaram no "Scandola" da Companhia Meridional de Navegação (CMN).

A vizinha de camarote também indicou ter visto as duas meninas na área jogos infantis do barco.

"Há inúmeras hipóteses: a mais triste e a mais trágica seria que ele acabou com a vida das meninas, que as matou durante a travessia entre Marselha e Propriano, ou depois", indicou Dallest.

Os investigadores perderam a pista das meninas depois desta viagem de barco, embora um "homem idoso" em Propriano tenha afirmado "ter visto de longe o homem e as duas meninas", apesar de não conseguir identificá-las.

Segundo os primeiros elementos das investigações, o pai das meninas nunca chegou a ir a Córsega.

Uma vasta operação internacional, chamada "Operação Gemelle" (gêmeas em italiano) levou os investigadores do sudoeste da Suíça a Apulia, na Itália, passando por Marselha e Córsega na França.

As duas meninas foram sequestradas em 30 de janeiro por seu pai, que cometeu suicídio em 3 de fevereiro jogando-se sob um trem na estação de Cerinola (sul da Itália).

As gêmeas viviam alternadamente com o pai e a mãe, que estavam separados.

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