Diário de Pernambuco
postado em 25/07/2012 19:32
Na primeira aparição pública de James Holmes, após o massacre que deixou 12 mortos no Colorado, o acusado parecia estar anestesiado, com um olhar vago e sem prestar a atenção na primeira audiência de seu julgamento na Justiça dos EUA. Tal comportamento não é a única excentricidade que Holmes tem apresentado durante o cárcere. Fontes da emissora americana ABC News disseram nesta quarta-feira que ele constantemente cospe em policiais quando tem que ser levado para fora da cela, o que obrigou a polícia colocar nele uma máscara.
Logo após ser preso, Holmes foi levado para a sede da polícia de Arapahoe e lá olhava fixamente para uma parede, movendo as sobrancelhas. Quando questionado sobre o crime, ele respondeu ;sou o Coringa;, o principal vilão do herói Batman e usou como bonecos sacos colocados em suas mãos para recolher evidências de pólvora. Especialistas afirmam que o comportamento de Holmes demonstra sinais de psicose ou mania, mas talvez ele pode estar fingindo para diminuir a pena.
[SAIBAMAIS]"A primeira possibilidade é que ele está no meio de um surto psicótico. Nós podemos ver que ele ficou distraído em várias ocasiões e quase conseguiu ;voltar; e descobrir o que está acontecendo", disse Marissa Randazzo, ex-chefe de pesquisa psicológica do Serviço Secreto Americano, ao programa Good Morning America, da ABC News. "A segunda é que ele seja um maníaco, apresentando hiperatividade, energia demasiada, talvez deixando de dormir por dias", diz a especialista. "Mas é possível que ele esteja fingindo. Vamos lembrar que ele estava estudando neurociência. Ele estava estudando exatamente os problemas mentais que vamos discutir no caso dele", salientou Marissa.
Na madrugada sexta-feira, Holmes teria usado duas pistolas, uma escopeta e bombas de gás lacrimogêneo em um ataque à pré-estreia do filme ;Batman: o cavaleiro das trevas ressurge; na cidade de Aurora, no Colorado. Doze pessoas morreram e 58 ficaram feridas. Autoridades prenderam Holmes no estacionamento local, em posse das armas. A polícia também encontrou armadilhas e materiais explosivos na casa de acusado, que teria estocado o material por meses antes de cometer o atentado.