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Kirchner, Castro, Correa e Morales parabenizam Chávez pela vitória

Agência France-Presse
postado em 08/10/2012 09:26
Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Cristina Kirchner, presidente da Argentina; Raúl Castro, presidente de Cuba; Rafael Correa, presidente do Equador; Evo Morales, presidente da Bolívia
Caracas - Os aliados ideológicos latino-americanos de Hugo Chávez felicitaram a vitória eleitoral do presidente venezuelano, da mesma forma que o governo da China, enquanto o governo dos Estados Unidos pediu que sejam levados em consideração aqueles que votaram na oposição.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, felicitou o colega venezuelano e destacou que deseja continuar aprofundando a integração da América do Sul, afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores. Kirchner foi uma das primeiras a saudar a vitória de Chávez com mais de 54% dos votos em sua conta no Twitter. "Hugo, hoje quero dizer que você arou a terra, a semeou, regou e hoje fez a colheita", escreveu a presidente argentina, que considerou o resultado uma vitória de toda América do Sul e Caribe.

"Chávez vencedor com quase 10 pontos de diferença! Viva Venezuela, viva a Pátria Grande, viva a Revolução Bolivariana", escreveu o presidente equatoriano, Rafael Correa, também no Twitter. O presidente de Cuba, Raúl Castro, felicitou Hugo Chávez por seu "triunfo histórico" nas eleições presidenciais de domingo (7/10) e reiterou a "solidariedade e apoio inquebrantáveis" de seu país. "Em nome do governo e do povo de Cuba, te felicito por este histórico triunfo, que demonstra a fortaleza da Revolução Bolivariana e seu inquestionável apoio popular", escreveu Raúl Castro no texto, publicado pela imprensa local.

[SAIBAMAIS]Castro destacou ainda que a "decisiva vitória" eleitoral de Chávez "assegura a continuidade da luta pela genuína integração de Nova América". "América Latina está em festa, com a vitória de Chávez se garante a unidade e a paz na região", comemorou, por sua vez, a filha do líder cubano, Mariela Castro, em seu Twitter. Com a chegada ao poder de Chávez em 1999, a Venezuela se tornou o principal aliado político e sócio econômico e comercial de Cuba, que passava por grave crise após o colapso soviético em 1991. O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que o resultado é o "triunfo" da Aliança Bolivariana das Américas e da América Latina.



"O triunfo do presidente Chávez é o triunfo da democracia. Não apenas é o triunfo do povo da Venezuela, mas também é o triunfo dos países da Alba e da América Latina", disse. Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira (8/10) que, no futuro, sejam levados em conta os mais de seis milhões de pessoas que votaram na oposição na Venezuela ao elogiar a alta participação dos eleitores na votação de domingo (7/10) que reelegeu Hugo Chávez. "Acreditamos que as posições de mais de seis milhões de pessoas que votaram na oposição devem ser levadas em conta no futuro", afirmou o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostick, em um correio eletrônico.

Os Estados Unidos também elogiaram os venezuelanos pela alta participação e a maneira pacífica com que as eleições transcorreram. Em Pequim, Hong Lei, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, disse que "o presidente Chávez foi reeleito e a China o felicita por isto e deseja que a Venezuela alcance novas conquistas no desenvolvimento do país sob sua liderança". Ele também destacou o interesse em "continuar trabalhando com a Venezuela para elevar as relações bilaterais a um novo nível".

A representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Catherine Ashton, pediu nesta segunda-feira (8/10) ao presidente Chávez que aproveite o novo mandato para "estender a mão" a todos os setores da sociedade e para promover as liberdades fundamentais. "Recebi a notícia da vitória de Hugo Chávez nas eleições presidenciais e gostaria de felicitá-lo por sua reeleição", afirmou Ashton em um comunicado. "Com a vitória vem a responsabilidade", completou. O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, se limitou a afirmar que o triunfo de Chávez foi "claro" e destacou a transparência das eleições.

Chávez venceu com 54,42% dos votos, contra 44,97% do líder opositor Henrique Capriles Radonski, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após a apuração de mais de 90% das urnas. O presidente, de 58 anos, foi reeleito pela terceira vez para governar por mais seis anos a Venezuela.

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