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Campanha de Irã e Síria por vaga em órgão de DH da ONU é criticada

Rosemary DiCarlo, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, considerou as campanhas "altamente inadequadas"

Agência France-Presse
postado em 11/07/2013 20:58
Estados Unidos e Israel criticaram nesta quinta-feira a campanha de Irã e Síria para obter assentos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Rosemary DiCarlo, considerou as campanhas "altamente inadequadas", devido ao histórico dos dois países em direitos humanos. Já o enviado de Israel na ONU disse que se trata de "um novo recorde mundial para loucura".

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Irã e Síria estão entre os sete países na disputa por quatro cadeiras da região Ásia-Pacífico no Conselho de Direitos Humanos da ONU, situado em Genebra. De acordo com diplomatas consultados pela AFP, os outros competidores são China, Jordânia, Maldivas, Arábia Saudita e Vietnã.

Em novembro, acontece na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, a votação para renovar 14 vagas do conselho.

O Irã é membro da Comissão da ONU sobre os Direitos da Mulher, e a Síria integra o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Em 2011, a Síria tentou um mandato de dois anos no Conselho de Direitos Humanos, com 47 membros, mas desistiu diante da polêmica envolvendo o presidente Bashar al-Assad pela reação brutal contra a revolta popular iniciada naquele ano. A ONU estima que, desde então, mais de 100 mil pessoas morreram no conflito que se transformou em uma guerra civil.

Os grupos regionais fazem suas eleições internas para selecionar os candidatos preferidos e, em geral, eles são aprovados sem oposição.

A embaixadora americana disse aos jornalistas que nenhum desses países submeteu os documentos necessários para apoiar suas candidaturas.

"Mas, na nossa opinião, tentativas de qualquer um desses países para integrar o Conselho de Direitos Humanos são inadequadas, devido às autorizações existentes para investigar violações de direitos humanos nesses países, seus flagrantes históricos em direitos humanos e sua colaboração atual para suprimir as aspirações democráticas do povo sírio", disse a embaixadora.

Para o embaixador israelense, "colocar Irã e Síria em um Conselho de Direitos Humanos é como colocar ;o poderoso chefão; (;the Godfather;, no original) encarregado de um programa de proteção à testemunha".

A organização Human Rights Watch e outros grupos questionam as candidaturas de Arábia Saudita, China, Vietnã, Cuba e Rússia na lista dos mandatos de dois anos.

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