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Coreia do Sul vê mulheres em posições de comando com a 1ª presidente

Silvio Queiroz
postado em 20/10/2013 10:14 / atualizado em 30/09/2021 08:56

Em trajes tradicionais, Park Geun-hye toma posse como a primeira mulher a presidir a Coreia do Sul: transformação na vida social e familiar acompanhou o salto da economia rural para a fronteira da inovação

 

Seul — A posse da presidente Park Geun-hye, em fevereiro passado, talvez fique inscrita nos livros de história como o marco mais notável de uma mudança profunda que se operou na sociedade sul-coreana, silenciosa e tranquilamente, ao longo da vertiginosa transformação que o país viveu no último meio século. Potência emergente no século da tecnologia da informação, a Coreia do Sul deixa para trás um traço basilar do passado rural e avança para um século que se anuncia feminino.



Não apenas o país é governado pela primeira vez por uma mulher, embora o voto seja universal desde 1948, quando foi fundada a República da Coreia. Junto com a monarquia e a ocupação japonesa, que durou até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os sul-coreanos decidiram abolir o analfabetismo e estabeleceram como obrigatória a educação pública, inclusive para as meninas. Décadas seguidas de industrialização acelerada e esforço persistente na formação e na especialização de mão de obra produziram uma geração em que começam a despontar as primeiras executivas.

É uma história resumida na trajeória da jornalista Sohn Jie-ae, que desde o início de 2012 preside a ArirangTV, emissora pública que transmite para audiência externa e funciona como uma espécie de vitrine do país para o mundo. Durante anos, Sohn chefiou o escritório da rede americana CNN em Seul. Em 2010, foi convocada para ser a porta-voz do governo durante a cúpula do G20 em Seul — um marco na escalada do tigre sul-coreano para a primeira fila do cenário internacional.
No mesmo ano em que o país caminhava para eleger sua primeira presidente, a experiente jornalista encarou um novo desafio: revitalizar a ArirangTV e injetar na programação a energia pulsante no país. “Acho que hoje a emissora assumiu um perfil mais feminino e mais jovem, tanto na programação como na audiência”, avaliou a executiva, durante conversa informal com um grupo de jornalistas estrangeiros em visita ao país.

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