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ONG denuncia aumento de ataques com barris de explosivos em cidade síria

Conselho de Segurança deve discutir ainda nesta quarta a aplicação de uma resolução concluída em 22 de fevereiro, exigindo o fim do uso indiscriminado de barris explosivos e de outras armas em áreas civis do país

Agência France-Presse
postado em 30/07/2014 17:24
Beirute - A Força Aérea síria intensificou seus ataques com barris de explosivo na cidade de Aleppo, causando cerca de 1.700 mortes em cinco meses, denunciou nesta quarta-feira (30/7) a organização Human Rights Watch. A ONG de defesa dos direitos humanos criticou a falta de ação do Conselho de Segurança da ONU, principalmente de Rússia e China, dois aliados do regime de Damasco.

O Conselho de Segurança deve discutir ainda nesta quarta a aplicação de uma resolução concluída em 22 de fevereiro, exigindo o fim do uso indiscriminado de barris explosivos e de outras armas em áreas civis do país. "As testemunhas, a análise de imagens de satélite e provas fotográficas obtidas pela Human Rights Watch mostram que as forças governamentais continuam, ou até mesmo aumentaram seus bombardeios em Aleppo desde a resolução" de 22 de fevereiro, declarou a organização em um comunicado.



A ONG observa que, "113 dias antes da resolução, identificou pelo menos 380 locais danificados em áreas controladas" pelos rebeldes e que, "nos primeiros 140 dias após a resolução, mais de 650 locais foram alvos nesses mesmos setores". Hoje, cinco civis foram mortos, e oito estavam sob os escombros de um prédio atingido por explosivos em Salhine, um bairro de Aleppo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Na terça, seis civis, incluindo uma criança, foram mortos em um ataque semelhante em outro bairro da cidade.

A HRW observa que os barris explosivos são bombas não guiadas de alto poder destruidor, fabricados localmente, de forma barata e que consistem, em geral, em grandes tambores de óleo, cilindros de gás, ou reservatórios que foram esvaziados e preenchidos com explosivos e sucata de metal para aumentar o efeito de fragmentação antes de ser lançados por helicópteros, a principal arma do regime contra os rebeldes. A ONG também condenou os rebeldes por seus ataques indiscriminados com carros-bomba e morteiros em áreas detidas pelo regime.

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