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Estados Unidos acusam Frente Al-Nosra por captura de capacetes azuis

O Departamento de Estado americano pediu a "libertação imediata e incondicional" dos membros da missão de paz da ONU na região

Agência France-Presse
postado em 28/08/2014 18:23
Washington - Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira o braço sírio da Al-Qaeda, a Frente Al-Nosra, de ser responsável pela captura de 43 capacetes azuis da ONU nas Colinas de Golã, entre a Síria e Israel. O departamento de Estado americano pediu em um comunicado a "libertação imediata e incondicional" dos membros da missão de paz da ONU na região.

[SAIBAMAIS]Os Estados Unidos "condenam energicamente" a detenção dos 43 soldados de Fiji e a "violência dirigida contra a UNDOF (Força das Nações Unidas de Observação da Fronteira bilateral) nas colinas de Golã em ação de grupos armados, entre eles a Frente Al-Nosra, designada pelo Conselho de Segurança da ONU como um grupo terrorista". "Reiteramos nosso pleno apoio à Força da ONU em Golã para a preservação do cessar-fogo na região, além de nossa gratidão aos soldados pacificadores pela coragem com que exercem esta missão", disse a porta-voz do departamento de Estado Jennifer Psaki.

As Nações Unidas confirmaram que um grupo armado capturou nesta quinta-feira 43 capacetes azuis no lado sírio das Colinas de Golã. "Quarenta e três capacetes azuis da Força de Observadores da Nações Unidas foram detidos hoje cedo por um grupo armado nas proximidades de Al Qunaytirah", afirma um comunicado.

Além dos militares de Fiji, outros cinco países contribuem com homens para esta força: Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas. As fontes da ONU informaram que observadores desta força já haviam sido detidos duas vezes no ano passado e posteriormente libertados ilesos.

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Segundo a porta-voz da ONU Stéphane Dujarric, os capacetes azuis foram capturados em meio a violentos combates entre o Exército sírio e grupos armados da oposição. O incidente ocorreu na região de Al-Qunaytirah, na zona de separação delimitada em 1974 entre Síria e Israel e patrulhada pela a la UNDOF.

Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, sinalizou que não há planos de ataques imediatos dos Estados Unidos na Síria e admitiu que Washington ainda está desenvolvendo uma estratégia para lidar com o conflito nessa região. "Não quero colocar o carro na frente dos bois. Ainda não temos uma estratégia", disse Obama à imprensa, explicando que os Estados Unidos "não têm de escolher" entre o presidente sírio, Bashar al-Assad, e os combatentes do Estado Islâmico (EI). "Precisamos de um projeto claro", insistiu, prometendo consultar o Congresso sobre o tema.

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