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Paraguai pede tratamento especial por não ter saída para o mar

Um novo plano de ação deve ser aprovado em novembro, na 2ª Conferência da ONU sobre Países em Desenvolvimento sem Litoral Marítimo

postado em 01/10/2014 08:39
O representante permanente do Paraguai na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador José Antonio dos Santos, disse, na Assembleia Geral da instituição, que a condição de país sem litoral traz consequências negativas para o acesso a mercados mundiais e prejudica seu desenvolvimento. Segundo Santos, essa é uma questão fundamental na política externa do Paraguai e necessita de tratamento especial.

;As assimetrias e desvantagens que tal situação geográfica gera só se verão compensadas com o reconhecimento internacional da concessão de um tratamento especial e diferenciado na inserção do país no mundo globalizado;, defendeu o embaixador nessa terça-feira (30/9)

Em seu discurso, Santos explicou que, devido às restrições de livre trânsito desses países e ao fato de não receberem tratamento diferenciado, o Paraguai e outros 30 Estados em condições semelhantes têm dificuldades de acessar mercados internacionais. O Paraguai faz fronteira com Brasil, a Bolívia e Argentina. A Leste, o Brasil é o país de trânsito para se chegar ao Atlântico. A Oeste, a Bolívia e Argentina são caminhos para se chegar ao Chile e ter acesso ao Pacífico.



Em novembro, será realizada a 2; Conferência da ONU sobre Países em Desenvolvimento sem Litoral Marítimo, quando deve ser aprovado um novo plano de ação. Para o representante paraguaio, o programa se constituirá marco de cooperação ;mutuamente enriquecedor;, entre esses países e os de trânsito, garantindo o acesso de suas produções aos mercados internacionais. Na América do Sul, além do Paraguai, apenas a Bolívia não tem saída para o mar.

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