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Benjamin Netanyahu denuncia investigação da ONU sobre guerra de Gaza

A comissão que investiga a ofensiva israelense em Gaza indicou que examinará as possíveis agressões do Hamas durante esta guerra, que deixou cerca de 2,2 mil mortos do lado palestino

Agência France-Presse
postado em 01/10/2014 10:48
A comissão que investiga a ofensiva israelense em Gaza indicou que examinará as possíveis agressões do Hamas durante esta guerra, que deixou cerca de 2,2 mil mortos do lado palestino
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou a investigação realizada pela ONU sobre a guerra em Gaza, durante um encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, indicou nesta quarta-feira (1;/10) o ministério israelense das Relações Exteriores.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU, encarregado de realizar a investigação, "não se concentra no Hamas, que usou instalações da ONU para disparar contra Israel", afirmou Netanyahu a Ban durante seu encontro de terça-feira em Nova York.

Israel acusou o movimento islamita, que controlava Gaza naquele momento, de ter lançado foguetes a partir das escolas da ONU no enclave palestino, e bombardeou vários desses estabelecimentos onde dezenas de milhares de civis encontraram refúgio durante os 50 dias de guerra.

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[SAIBAMAIS]A ONU e o conjunto da comunidade internacional denunciaram estes bombardeios israelenses. Acusações que Netanyahu classificou de desproporcionais, alegando que Israel não havia apontado diretamente contra civis, embora dezenas de palestinos tenham morrido nestes ataques contra as escolas da ONU.

A comissão que investiga a ofensiva israelense em Gaza, a terceira em seis anos, indicou que também examinará as possíveis agressões do Hamas durante esta guerra, que deixou cerca de 2,2 mil mortos do lado palestino, em sua maioria civis, e mais de 70 do lado israelense, quase todos soldados. A comissão deve entregar seu relatório em março de 2015.



Já Ban indicou em um comunicado que notificou Netanyahu sobre a necessidade urgente de se encarregar das causas latentes da crise, sobretudo o fim do bloqueio de Gaza que Israel impõe desde 2006 aos 1,8 milhão de habitantes do enclave palestino.

Ban também disse estar muito preocupado com o prosseguimento da colonização israelense nos territórios palestinos, considerada ilegal pela comunidade internacional e que minou as negociações de paz em várias ocasiões.

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