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Manifestantes são presos em protestos por morte de jovem negro nos EUA

Milhares de pessoas tomaram as ruas da cidade e realizaram vigílias por ocasião do chamado "fim de semana de resistência", em memória de Michael Brown

Agência France-Presse
postado em 13/10/2014 08:17

Manifestantes se reúnem durante uma manifestação na universidade de St. Louis, em Missouri


Saint Louis -
Dezessete pessoas foram presas neste final de semana na cidade norte-americana de Saint Louis, no estado do Missouri, durante os protestos pelo assassinato, em agosto, de um jovem negro por um policial branco.

[SAIBAMAIS]Milhares de pessoas tomaram as ruas da cidade e realizaram vigílias por ocasião do chamado "fim de semana de resistência", em memória de Michael Brown, um adolescente negro morto a tiros no último 9 de agosto por um policial em Ferguson, subúrbio de Saint Louis.

As tensões aumentaram nesta semana após a morte de outro jovem negro por um policial que estava à paisana. Durante a noite, manifestantes foram presos quando tentavam organizar um ato no estacionamento de uma loja. "Foram 17 prisões", afirmou o Departamento de Polícia de Saint Louis em sua conta na rede social Twitter.

O chefe da polícia local, Sam Dotson, disse que os manifestantes "jogaram pedras" contra os agentes e deram mostras de uma "contínua atitude ilegal". Mas os manifestantes negam ter jogado pedras e acusaram os policias de atuarem como "hooligans" e provocar com sprays de gás de pimenta as pessoas que estavam filmando o protesto.



Iniciadas na sexta-feira, as manifestações devem se estender até segunda-feira. No sábado, milhares de pessoas fizeram uma passeata entre Saint Louis e Ferguson. Brown recebeu pelo menos seis balas da arma do agente Darrell Wilson, e seu corpo permaneceu na rua durante várias horas.

O crime alavancou uma série de violentos protestos que ocorreram durante duas semanas em Saint Louis, uma cidade com 21.000 habitantes. Apesar de sua população ser majoritariamente negra, os integrantes da polícia são, quase todos, brancos. Manifestantes denunciaram que durante os protestos a polícia recorreu ao uso excessivo da força.

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