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Turquia acusa partido curdo sírio de torturar curdos em Kobane

Até agora, a Turquia recebeu cerca de 200 mil refugiados de Kobane, que se encontra a poucos quilômetros de sua fronteira com a Síria

Agência France-Presse
postado em 14/10/2014 09:49
Istambul - A Turquia acusou nesta terça-feira o principal partido político curdo na Síria de torturar os curdos sírios que fugiram para o território turco quando os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) lançaram seu ataque contra a cidade fronteiriça de Kobane.

Até agora, a Turquia recebeu cerca de 200 mil refugiados de Kobane, que se encontra a poucos quilômetros de sua fronteira com a Síria, onde os combatentes curdos tentam impedir o avanço dos islamitas radicais.

[SAIBAMAIS]

O primeiro-ministro turco Ahmed Davutoglu disse que os curdos sírios fugiram para a Turquia para escapar das pressões do PYD, o Partido de União Democrática, que está afiliado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, ilegal na Turquia).

Davutoglu fez estas afirmações ante os legisladores do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, no poder), de origem islâmica, ao qual pertence.

"Basta perguntar aos que vieram para cá escapar das pressões do PYD", afirmou, ao acusar este partido de exercer em Kobane uma "forte pressão sobre quem não compartilha de suas opiniões".

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O governo turco tem se mostrado reticente em desenvolver relações com o PYD devido a seus laços estreitos com o PKK, que durante 30 anos lançou uma guerra de guerrilhas para obter um território autônomo no sudeste da Turquia.

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