Os trâmites formais para o histórico restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba terão início ainda em janeiro de 2015, e devem ser assunto ;para semanas, não meses;, na avaliação do Departamento de Estado americano. A secretária assistente para Assuntos Hemisféricos, Roberta Jacobson, que responde pela América Latina, será enviada a Havana para uma rodada semestral de conversações sobre imigração ; com o propósito explícito de elevar o patamar dos contatos. Também no próximo mês, o presidente Barack Obama assinará medidas executivas destinadas a viabilizar a troca de embaixadores. Embora tenha observado que não pode ;antecipar mudanças do dia para noite;, Obama afirmou ontem que novos padrões são necessários para Cuba. ;As mudanças chegarão a Cuba. Têm de chegar;, ressaltou.
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Segundo o presidente, a economia da ilha ;não funciona; e seu governo é ;um regime que ainda reprime seu povo;. Ele explicou que a retomada de relações permitirá que Washington tenha ;mais influência; sobre o regime cubano e uma ;posição melhor; para responder às decisões locais. ;Quanto mais coisas diferentes os cubanos puderem ver, mais interessados estarão na mudança.; O chefe de Estado americano comentou que não há planos, por ora, para uma viagem sua a Havana, ou de Raúl Castro a Washington. ;Não estamos nessa fase ainda;, explicou.
O presidente brincou sobre a longa conversa que teve com Castro por telefone, na véspera do anúncio. O telefonema durou cerca de 45 minutos, e Obama admitiu que se desculpou com o interlocutor depois de ter falado por 15 minutos sobre sua posição. O presidente cubano, no mesmo tom descontraído, sugeriu que o colega americano é jovem o suficiente para superar Fidel Castro, recordista de longos discursos. Obama não perdeu a chance de ;devolver; a piada. ;Castro levou o dobro do tempo que eu levei para expor sua posição. É de família;, brincou.
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